Homem conseguiu escapar de acidente que terminou em morte no Santo Antônio

Divulgação/CBMMG + Amanda Dias/BHAZ

Um homem de 44 anos escapou do acidente que terminou com a morte da professora Ivanilda José Basílio Felisberto, de 58 anos, na rua Professor Aníbal de Matos, no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul da capital. Ele conseguiu correr antes que se carro em que estava fosse atingido pelo caminhão desgovernado que descia a via. O acidente ocorreu nesta segunda-feira (19).

Marcos Aurélio Braga é dono do Fiat Pálio que foi o segundo carro a ser atingido pelo caminhão. O homem contou aos policiais militares que registraram a ocorrência que escapou do acidente por um triz.

Braga disse que, ao ver o caminhão descendo a via, saiu do veículo e correu em direção ao passeio. Neste momento, o caminhão atingiu o carro de Ivanilda e, na sequência o Pálio do motorista, que foi parar no meio da rua.

Ao fundo é possível ver o veículo de Marcos, que escapou do acidente (Divulgação/CBMMG)

Viatura danificada

Por conta da alta declividade da rua, os trabalhos para retirada dos veículos acidentados foram de alta complexidade. Além disso, o caminhão só parou após esmagar um dos carros contra uma árvore, o que fez com que ele parasse. Contudo, o veículo corria o risco de descer o restante da rua desgovernado a qualquer momento.

Segundo a BHTrans, os trabalhos no local para retirada do caminhão e do carro destruído duraram mais de quatro horas. Foram necessários três reboques para atuar na via. Dois reboques pesados e um super pesado foram utilizados, além de um caminhão-prancha para remover o que restou do carro de Ivanilda para o pátio do Detran.

Durante os trabalhos, um dos reboques atingiu um carro da Polícia Militar enquanto manobrava no morro. A viatura ficou com a frente danificada. O guincho se preparava para retirar o caminhão envolvido no acidente, quando o suporte que prende o reboque no chão, controlado por uma suspensão a ar, atingiu a viatura. Ninguém ficou ferido. Um perito esteve no local e registrou fotos da viatura para tomar as medidas cabíveis.

Local proibido

O caminhão responsável pelo acidente que terminou com a morte da professora Ivanilda estava em local proibido. Conforme sinalização instalada pela BHTrans, não é permitido o tráfego de veículos pesados na rua.

Contudo, mesmo diante das placas, o motorista do caminhão que destruiu o carro de Ivanilda e, consequentemente, lhe causou a morte, ignorou a sinalização e estacionou o veículo na via. A BHTrans, responsável pelo trânsito na capital, disse que o caminhão também não tinha autorização especial para circular no trecho.

Trânsito de caminhões era proibido na via (Divulgação/BHTrans)

Aos militares, o condutor do caminhão Ricardo Maciel Pereira, de 57 anos, disse que não viu as sinalizações. Ele contou aos policiais que estava retirando uma caçamba de entulhos de construção civil da rua quando o veículo começou a descer a via. O caminhão atingiu dois veículos, um Pálio e o Honda WRV onde estava Ivanilda.

Após o acidente, Ricardo foi levado para a delegacia do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran), onde passou pelo teste do bafômetro, que não constatou a presença de bebidas alcoólicas no organismo dele. O condutor segue no local e a Polícia Civil ainda não sabe dizer por qual crime ele será enquadrado.

No mínimo, Ricardo descumpriu o artigo 574-63, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que é o trânsito de caminhões em local e horário não permitido pela regulamentação. A infração média prevê multa de R$ 130,16 e o condutor perde quatro pontos na carteira de habilitação.

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