‘Eu errei’: Procuradora da Lava Jato pede desculpas a Lula por ironizar lutos

Twitter/Reprodução + Agência Brasil/Reprodução

A procuradora Jerusa Viecili, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, publicou um pedido de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite dessa terça-feira (27), por meio do perfil dela no Twitter.

A publicação ocorreu no mesmo dia em que o Uol, em parceria com o site Intercept, revelou mensagens que teriam sido trocadas entre procuradores da operação, nas quais eles ironizam os lutos de Lula com relação às mortes da esposa Marisa Letícia, do irmão Vavá e do neto Arthur.

Nos diálogos vazados na terça, Viecili aparece em trocas de mensagens em dois momentos. No primeiro, ela teria ironizado a notícia da morte de Marisa Letícia, em 2017. “Querem que eu fique pro enterro?”, escreveu.

Já, em março deste ano, ela compartilhou a notícia da morte do neto de Lula e, em seguida, completou: “Preparem para nova novela ida ao velório.” Mais tarde, procuradores falavam sobre a ligação telefônica do Ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Gilmar Mende, que teria emocionado o ex-presidente durante o velório da criança. No contexto, Viecili afirmou: “GM (Gilmar Mendes) não dá ponto sem nó”.

Ontem à noite, pelo Twitter, Jerusa escreveu: “Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula”.

Twitter/Reprodução

Sobre o fato da postagem ter ido contra a estratégia da Lava Jato de negar a veracidade das mensagens vazadas, também, por meio do Twitter, Jerusa Vieceli garantiu que os procuradores da operação nunca negaram a existência de mensagens verdadeiras entre o conteúdo divulgado.

“Lembrar de uma mensagem não autentica todo o conjunto. A existência de mensagens verdadeiras não afasta o fato de que as mensagens são fruto de crime e têm sido descontextualizadas ou deturpadas para fazer falsas acusações.”

Twitter/Reprodução

“Os procuradores da Lava Jato nunca negaram que há mensagens verdadeiras, exatamente porque foram efetivamente hackeados. Contudo, não é possível saber exatamente o quanto está correto, porque é impossível recordar de detalhes de 1 milhão de mensagens em 5 anos intensos.”

Sinara Peixoto

Formada em Comunicação Social com Ênfase em Jornalismo no Centro Universitário de Belo Horizonte e com pós-graduação na PUC Minas em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa. Atuou como editora na CNN Brasil, desde a estreia do veículo no país, e na edição do Portal BHAZ. Também despenhou várias funções ao longo de 7 anos na TV Record Minas, onde entrou como estagiária.

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