Gari faz comovente – e revoltante – desabafo após furto de ‘motinha’: ‘Quem vai me ajudar agora?’

Arquivo pessoal/Renato Sá de Souza

“Sou gari, trabalho o dia inteiro debaixo de sol, deixei minha motinha aqui junto com a dos colegas aqui. Sol ardendo do jeito que está. Vim buscar minha moto, minha moto não está aqui. Ou seja: roubaram”. O comovente (e revoltante) desabafo é do coletor de lixo Renato Sá de Souza, de 36 anos, após ter a moto furtada, nesta terça-feira (17), no bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte.

“Trabalhei o dia inteiro para chegar aqui agora e pegar minha motinha simples, humilde, cara… Minha moto não tinha partida elétrica, minha moto só tinha uma roda de liga leve que nem original era”, diz em outro trecho do desabafo que viralizou pelas redes sociais.

Arquivo pessoal/Renato Sá de Souza

Renato acordou hoje antes do sol raiar, como faz todos os dias, para chegar ao trabalho, pontualmente, às 5h. Deixou a esposa, que até semana passada estava desempregada, e os três pequenos (dois filhos e uma enteada) para mais um dia de labuta. Estacionou a moto na rua Artur de Sá com a avenida Cristiano Machado, perto de um posto de gasolina, para trabalhar na capina e na limpeza de vias próximas.

Quando voltou, 10h30 depois, às 15h30, cadê a moto? “Poxa, as coisas estão difíceis demais. Minha moto era meu único meio de transporte que eu conquistei com muito suor. Era meu meio de locomoção para trabalhar, meu xodó, vai fazer falta demais. Eu só quero que reconheçam meu esforço e devolvam a moto”, afirma Renato ao BHAZ.


O coletor de lixo explica que está tentando arrumar a casa onde mora e, por isso, não tem condições de arcar com o prejuízo da moto no momento. “Eu estou juntando dinheiro para arrumar minha casa, aqui quando chove, molha tudo. Eu não tenho condições de comprar telha para minha casa, como vou comprar uma nova moto? É triste demais”, desabafa.

Renato é morador do bairro Paulo VI, também na região Nordeste de BH, onde vive com sua esposa, dois filhos, de 8 e 12 anos, e uma enteada de 15 anos. Ele trabalha como gari há cerca de cinco anos. “Até semana passada, minha mulher estava desempregada. A vida não está fácil para ninguém, a gente que é trabalhador, que rala de sol a sol, não merece passar por isso”.

Arquivo pessoal/Renato Sá de Souza

A moto não possui seguro, o que torna a situação de Renato ainda mais revoltante, mas “estava com tudo em dia, documento todo pago”. “Roubando a gente, sofredor. Eu vou agora ficar como? Sem minha moto para trabalhar? Quem vai me ajudar? Quem vai me ajudar? O que vou fazer nesse momento?”, afirma. Que tal ajudarmos espalhando a informação por todos os cantos de Belo Horizonte e região?

A moto é uma Titan 150 preta, ano 2007, placa HFY-3938. Repetindo: placa HFY-3938. Quem tiver informações sobre o veículo deve acionar a Polícia Militar, via 190 ou Disque-Denúncia, no 181.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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