Presidente do Cruzeiro diz que pegou o clube no “bagaço” e que está ficando pobre no comando da Raposa

Vinnícius Silva/Cruzeiro + Reprodução/Twitter

Durante um evento no sábado (28), a 2ª Feijoada do Cruzeiro, na sede do Barro Preto, no Parque Esportivo, o presidente da Raposa, Wagner Pires de Sá,  disse que o clube está como o ”bagaço da laranja”, fazendo referência à um samba de Zeca Pagodinho e Jovelina Pérola Negra.

Um vídeo que circula pela internet, mostra Pires de Sá afirmando que alguns antecessores dele ficaram ricos como presidentes do Cruzeiro e que ele, que era rico, está ficando pobre como mandatário do time celeste. Wagner ainda disse que quando assumiu, o clube estava sem recursos.

Wagner se dirigiu ao palco durante a feijoada e pediu o microfone ao cantor, quando tocava o samba clássico. “Essa música…essa música é efetivamente essa situação do Cruzeiro. Eu fiquei com a mamucha (bagaço) da laranja. Sobrou pra mim”.

Jogando a bola para o presidente, o cantor da banda perguntou para o dirigente: “Bagaço da laranja sobrou procê, presidente?”.

Pires abriu a “metralhadora de ataques” direcionados aos seus  antecessores, que, na sua interpretação, ficaram ricos no cargo de presidente, sendo que com ele estaria acontecendo o contrário. Ficando pobre.

A diretoria capitaneada por Wagner Pires de Sá está sofrendo acusações de crimes financeiros e até de falsidade ideológica, gerando a maior crise institucional do clube, o que reflete diretamente dentro do campo. A Raposa está na zona do rebaixamento com 19 pontos  e não vence uma partida desde do dia 1º de setembro, quando bateu o Vasco por 1 a 0, no Mineirão.

Presidente compara Cruzeiro a 'bagaço', diz estar ficando pobre e que antecessores enriqueceram no cargoNesse sábado, durante o evento ‘2ª Feijoada do Cruzeiro’, realizado no Parque Esportivo do Barro Preto, em Belo Horizonte, o presidente cruzeirense Wagner Pires de Sá comparou o clube a um ‘bagaço de laranja’. Em vídeo que circula na internet, o mandatário diz que alguns antecessores enriqueceram no cargo. Já ele, que já 'era rico', estaria ficando 'pobre'.'Durante interpretação da música ‘Bagaço da laranja’, de Zeca Pagodinho, pela banda ‘5 Elementos’, Wagner Pires de Sá se dirigiu ao palco, pediu o microfone ao cantor e declarou: “Essa música, essa música é efetivamente essa situação do Cruzeiro. Eu fiquei com a mamucha (bagaço) da laranja. Sobrou pra mim”.Em seguida, o cantor insistiu com o dirigente: ‘Bagaço da laranja sobrou procê, presidente?”.Wagner então disparou a polêmica afirmação de que antecessores ficaram ricos no cargo de presidente, diferentemente dele, que estaria empobrecendo como mandatário. “Só eu. A maioria dos que vieram aqui vieram para ficar ricos. Eu já era rico, tô ficando pobre. A maioria deixou a mamucha (bagaço) da laranja. Sobrou pra mim”, declarou.Tão logo Wagner saiu, o vice-presidente do Cruzeiro, Hermínio Lemos, também se dirigiu ao palco e, de forma desesperada, também pediu o microfone, inicialmente sem ser notado pelo cantor. Instantes depois, Lemos tomou a palavra, mas o vídeo foi cortado.No mesmo evento, Wagner aparece em uma foto ao lado do presidente do Conselho Fiscal, Paulo Pedrosa; do diretor executivo social do Cruzeiro, Alexandre Comoretto, o Gaúcho; do vice-presidente, Hermínio Lemos; e do diretor-geral, Sérgio Nonato.~> Momento de atrito com antecessoresWagner assumiu a presidência do Cruzeiro em janeiro de 2018. Com ele no cargo, o clube vive sua maior crise institucional da história, com atrasos de salários constantes para funcionários e atletas, aumento das dívidas e denúncias de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica. O Cruzeiro é alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais.Em relação ao futebol, o clube também é suspeito de desrespeitar regras da Fifa e da Confederação Brasileira de Futebol na transferência de jogadores e, supostamente, manter empresas como sócias em direitos econômicos de atletas, o que é proibido desde 2015.Wagner sucedeu no clube Gilvan de Pinho Tavares, que presidiu o Cruzeiro entre 2012 e 2017. Antes, os irmãos Zezé Perrella (1995-2002, 2009-2011) e Alvimar de Oliveira Costa (2003-2008) se alternaram no poder. Coincidência ou não, Perrella e Gilvan são, no momento, os principais opositores de Wagner na política cruzeirense e já até articulam uma chapa única, de consenso, para concorrer à próxima eleição, no fim de 2020.Zezé Perrella, inclusive, concedeu entrevista ao Superesportes na última semana e dirigiu fortes críticas à gestão de Wagner Pires de Sá. O presidente do Conselho Deliberativo disse que "montaram um esquema de poder para ficar 20 anos no Cruzeiro", classificou a gestão atual como "temerária" e afirmou que espera ação da Polícia Civil para "dar uma solução em tudo isso". Wagner rebateu as afirmações de Perrella, disse que o presidente do Conselho está com “dor de cotovelo” por ter perdido a última eleição (como apoiador de Sérgio Santos Rodrigues) e que vai “fazer um estágio com o Perrella para ver como se faz para ficar 20 anos como ele ficou”.

Posted by Cruzeiro News on Sunday, September 29, 2019

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