Alerta vacinação! Centros de Saúde de BH terão ação contra o sarampo neste sábado

Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução

Ocorre neste sábado (19), das 8h às 17h, o Dia D de Mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo. Dividida em duas etapas, esta primeira fase da campanha, seguirá até o dia 25 e tem como objetivo imunizar crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade não vacinadas. Na capital mineira, todos os 152 Centros de Saúde de Belo Horizonte estarão abertos n.

Devido ao surto da doença no país, desde agosto as crianças de seis a 11 meses também estão sendo imunizadas com a dose zero. Para esta faixa etária o esquema vacinal é formado por três doses. Em Belo Horizonte, cerca de 8 mil crianças já receberam a dose zero contra o sarampo, o que corresponde a 88% de cobertura vacinal. Entre as de um ano, já foram vacinadas cerca de 18 mil, 90,8% de cobertura vacinal. E entre a faixa etária de dois a quatro anos, cerca de 73 mil já receberam a dose da vacina, o que corresponde a 91,5% de cobertura vacinal.

O Ministério da Saúde define como meta de vacinação, a cobertura vacinal de 95% do público-alvo. A segunda etapa da campanha será realizada entre os dias 18 a 30 de novembro, e será o momento para os jovens adultos, com idade entre 20 e 29 anos, se vacinarem.

Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, a pediatra intensivista e especialista em saúde da criança e do adolescente Roberta Esteves Vieira de Castro explicou que o sarampo é uma doença viral grave e altamente contagiosa e que os sintomas iniciais são parecidos com os de um resfriado comum. A médica destacou que a única forma de prevenção é a vacinação. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

O que é o sarampo?

O sarampo é uma doença viral grave e altamente contagiosa que pode evoluir para complicações e levar à morte. É transmitido por um vírus. Os primeiros sintomas são febre, tosse, coriza, como se fosse um resfriado comum. O paciente pode ter perda de apetite e apresentar conjuntivite, com olhos vermelhos, lacrimejantes e fotofobia.

Surgem manchas vermelhas na pele. Essas erupções começam no rosto, na região atrás da orelha, e vão se espalhando pelo corpo. O paciente também pode sentir dor de garganta.

A maioria dos pacientes começa a se sentir melhor depois de dois dias do início da erupção cutânea. Depois de três a quatro dias, as manchas começam a ficar mais castanhas e tendem a desaparecer. A pele pode descamar como se fosse uma queimadura de sol. Muitos ainda têm tosse por uma ou duas semanas.

A grande preocupação é que o sarampo, em crianças pequenas e pacientes imunocomprometidos, pode levar a complicações. A diarreia é a complicação mais comum, mas outras podem aparecer como otite média aguda, pneumonia, hepatite e, até mesmo, encefalite.

A maioria dos casos de mortes decorrem de complicações no trato respiratório ou de encefalite.

Como o sarampo é transmitido?

A transmissão ocorre no contato de pessoa para pessoa e pela propagação no ar. As gotículas de secreções respiratórias de um paciente que tem sarampo podem permanecer no ar por até duas horas, ou seja, a doença pode ser transmitida em espaço público mesmo que não haja contato de uma pessoa com outra. Grandes surtos têm ocorrido em locais de aglomeração como escolas, clubes, aeroportos, shoppings.

A pessoa que tem sarampo pode começar a transmitir a doença cerca de cinco dias antes de aparecerem as manchas na pele. Além disso, ela continua transmitindo o vírus quatro dias depois de as erupções terem desaparecido.

Como é a prevenção?

A vacina é a única forma de prevenção. Para combater o avanço do sarampo no país, o Ministério da Saúde recomenda uma “dose zero”, para crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias. É considerada uma dose extra que não substitui as vacinas do calendário nacional de vacinação – a primeira dose aos 12 meses e uma segunda dose aos 15 meses.

Se um paciente tomou apenas uma dose até os 29 anos, precisa completar o esquema vacinal com uma segunda dose.

Se a pessoa não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão de vacinação ou não se lembra se tomou a vacina, o ideal é que ela procure um posto de saúde. Se ela tiver de 1 a 29 anos, precisa tomar duas doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre elas. Se tiver de 30 a 49 anos, tem de tomar apenas uma dose.

Qual o tratamento?

Não existe tratamento específico para o sarampo. É necessário que o paciente faça repouso e beba bastante líquido para evitar a desidratação. Como é uma virose, o tratamento é de suporte e tem apenas o objetivo de melhorar o conforto do paciente.

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