Pastores são presos por estuprar adolescentes na Grande BH

Amanda Dias/BHAZ

Dois pastores foram presos pela Polícia Civil suspeitos de cometer abusos sexuais contra duas adolescentes, uma de 12 e outra de 15 anos, em Ibirité, na região metropolitana de BH. As prisões fazem parte da segunda fase da Operação “Inocência”. Na primeira fase, três pessoas foram detidas.

Um dos pastores tem 57 anos e foi preso no dia 21 de outubro. Ele mantinha uma igreja em casa há mais de 15 anos. Segundo as investigações, o pastor se aproveitava da posição dele como líder espiritual e praticava os crimes.

Os abusos foram cometidos durante visita de uma comitiva da igreja na residência da vítima, já que a mãe da adolescente estava debilitada e solicitou ao pastor uma visita à casa.

O suspeito atraiu a garota de 12 anos até um dos quartos, alegando que a menina precisava da uma oração especial. No cômodo, ele passou a acariciá-la nas partes íntimas.

A vítima gravou um áudio com o celular dela, durante o abuso, o que comprova o crime praticado pelo suspeito. O delegado Welington Faria, responsável pela investigação, explicou o motivo da adolescente ter gravado o áudio.

“Foi o fato da mãe da adolescente ter sofrido abuso sexual semelhante no dia anterior, quando foi até a igreja para pedir ajuda espiritual ao pastor. A mulher foi levada até um cômodo da casa do suspeito, onde também funciona a igreja, e, então, sofrido o abuso sexual”, conta o delegado.

A mulher do pastor também foi indiciada por ter facilitado os abusos. Segundo as investigações, ela ajudou o religioso a ficar em cômodos isolados tanto com a mãe da vítima, tanto com a adolescente. Ela nega o envolvimento e responderá em liberdade.

Segundo caso

O segundo suspeito tem 47 anos e também é pastor evangélico em uma igreja na cidade de Ibirité. Ele foi preso no dia 22 deste mês por abusar da enteada dele. As investigações apontam que a adolescente, que hoje tem 15 anos, foi abusada pelo suspeito durante anos.

Segundo a garota, os abusos começaram quanto ela tinha 13 anos. O estupro foi confirmado por meio de exame pericial, que confirmou também a conjunção carnal.

A menina relatou os abusos a uma psicóloga da escola onde ela estuda. Os professores acionaram a profissional após a adolescente começar a se automutilar.

Os dois suspeitos foram presos e entregues ao Sistema Prisional. Eles se encontram à disposição da Justiça e responderão pelo crime de estupro de vulnerável. O primeiro pastor foi indiciado pelo crime de importunação sexual, por ter praticado atos libidinosos em face da mãe da vítima.

Com informações da PCMG

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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