Os incêndios na Austrália seguem preocupando milhares de pessoas ao redor do mundo. Com o agravamento da situação, imagens chocantes de diversos estragos causados pelo fogo vem sendo compartilhadas na internet. Entre elas, um vídeo que mostra restos carbonizados de cangurus e coalas em uma estrada.
De acordo com o The Sun, as imagens são da estrada de Batlow, no estado de Nova Gales do Sul, uma das regiões mais afetadas pelas chamas no último fim de semana e onde fica a cidade de Sydney. O vídeo foi publicado por um operador de câmera da emissora ABC, que vem fazendo vários posts sobre o que vê no país. Em um deles, escreveu: “Absolutamente enjoado dirigindo por Batlow esta manhã. Nunca vi nada do tipo”.
WARNING GRAPHIC. Sorry to share these images near Batlow, NSW. It’s completely heartbreaking. Worst thing I’ve seen. Story must be told. #AustraliaFires pic.twitter.com/E7jrgcuUiv
— ABCcameramatt (@ABCcameramatt) January 5, 2020
De acordo com a Universidade de Sydney, cerca de meio bilhão de animais já foram mortos pelo fogo e a expectativa é que este número aumente. Especialistas acreditam que um bilhão de animais podem morrer vítimas dos incêndios e suas consequências. “Os animais que sobreviverem ao incêndio continuarão morrendo nas próximas semanas e meses por causa da desidratação, fome, doença e por serem presas mais fáceis”, contou o biólogo Stuart Blanch ao The Sun.
Atualizações publicadas pelo governo australiano neste sábado (4) informam que 23 pessoas morreram até o momento, 18 estão desaparecidas e 1.400 desabrigadas. Mais de 1.500 casas e cerca de 5 milhões de hectares de terras foram destruídos.
Entenda as causas
As queimadas são um fenômeno comum na Austrália e costumam acontecer principalmente nos meses de novembro e dezembro. O fogo é causado pelas temperaturas altas características do verão australiano e a pouca quantidade de chuva, que deixa as grandes áreas de vegetação extremamente secas. Os ventos fortes dessa época do ano também ajudam a espalhar as chamas, agravando naturalmente a situação.
No entanto, no ano passado os incêndios começaram antes do previsto, em setembro, e foram agravados pelas temperaturas que passavam dos 44ºC, mais altas do que o normal para a época. Esses fatores fizeram com que a situação saísse do controle e preocupassem autoridades do mundo todo.
Imagens de satélite publicadas pela NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) na última quarta-feira (1) mostram a diferença do país em julho, quando ainda tinha o céu limpo, e em janeiro, coberto de fumaça. Sydney foi declarada a cidade mais quente do mundo devido aos incêndios.
A Landsat image taken Jan. 1 shows thick smoke from wildfires blanketing southeastern Australia, compared with the same area in clear skies on July 24, 2019. Our @NASAEarth satellites provide near real-time data to help detect and map the spread of fires: https://t.co/e8gWlMBhyK pic.twitter.com/USEyd27Le3
— NASA (@NASA) January 3, 2020
Scott Morrison, primeiro-ministro australiano informou, neste sábado (4), que convocou 3 mil reservistas para ajudar nas áreas afetadas pelo fogo, de forma a garantir “mais homens no terreno, mais aviões no ar e mais barcos no mar”.
We’re putting more Defence Force boots on the ground, more planes in the sky, more ships to sea, and more trucks to roll in to support the bushfire fighting effort and recovery as part of our co-ordinated response to these terrible #bushfires pic.twitter.com/UiOeYB2jnv
— Scott Morrison (@ScottMorrisonMP) January 4, 2020
Com altas temperaturas esperadas para os meses de janeiro e fevereiro na Austrália, não há previsão iminente do fim dos incêndios.