Vírus chinês cria ‘zumbilândia’, crianças são abandonadas e hospital será erguido em 10 dias

Reprodução/Twitter

A região metropolitana de Wuhan, na China, vai ganhar um hospital para acolher pacientes infectados com coronavírus. O edifício, com cerca de 25 mil metros quadrados, tem abertura prevista para dia 3 de fevereiro, reunindo condições para acomodar mil camas e recursos médicos para fornecer tratamento isolado aos doentes com a pneumonia viral.

A medida foi tomada no momento em que o número de casos de contágio não pára de aumentar na cidade onde surgiu a epidemia. Atualmente, as pessoas diagnosticadas com o coronavírus estão sendo tratadas em diversos hospitais e clínicas em Wuhan.

O Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou que a China criou uma equipe nacional de pesquisa, com 14 especialistas, para ajudar a prevenir e a controlar o mais recente surto de coronavírus, colaborando com suporte científico em matéria de rastreamento de vírus, transmissão, métodos de detecção, evolução do genoma e desenvolvimento de vacinas.

Número de mortos sobe para 26

O mais recente balanço das autoridades chinesas revela que número de mortos devido ao surto de coronavírus subiu para 26 e o de casos confirmados aumentou para 830. De acordo com as autoridades, há também 1.072 casos suspeitos.

Nesta sexta-feira (24), a China anunciou a morte de uma pessoa perto da fronteira com a Rússia – a mais de 1.800 quilômetros da cidade de Wuhan -, a segunda fora do epicentro do surto.

O fato é que o aumento de casos registrados tem deixado a população receosa sobre uma potencial epidemia semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

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Na época, para proporcionar tratamento e controle da Sars, Pequim construiu o Hospital Xiaotangshan, um centro médico temporário no subúrbio norte da cidade, em apenas sete dias e admitiu um sétimo dos pacientes no país em dois meses. O Japão e a Coreia do Sul confirmaram o registro, na madrugada desta sexta-feira, de dois novos casos de infectados pelo vírus.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto “mais crítico” e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas: Wuhan, e as vizinhas Huanggang e Ezhou. E, para tentar travar a propagação, cancelaram as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

O Comitê da Organização Mundial da Saúde optou por não declarar emergência de saúde pública internacional por enquanto, porque considera ainda cedo.

Crianças abandonadas

Por conta do novo coronavírus, um casal chinês abandonou duas crianças pequenas em um aeroporto naquele país. Os meninos foram deixados para trás depois que um deles foi proibido de voar por apresentar temperatura corporal muito alta, um dos sintomas provocados pela infecção.

De acordo com o The Sun, a família embarcaria em um voo no aeroporto de Nanjing, mas os pais deixaram o filho e a filha no portão de embarque depois de passarem por uma varredura. Depois que o casal abandonou as crianças, funcionários da companhia aérea e do aeroporto passaram a cuidar deles. A polícia local foi chamada e resolveu a situação.

Crianças foram abandonadas em aeroporto (Reprodução/Twitter)

As crianças foram autorizadas a embarcar no voo, mas sentaram-se na frente da cabine por reclamações de outros passageiros, que disseram estar preocupados em voar com o menino doente. O voo atrasou mais de três horas. O episódio ocorreu na quarta-feira (22).

“Zumbilândia”

Moradores de Whuan, onde os primeiros casos do novo coronavírus foram relatados, passaram a chamar a região de “zumbilândia”, por conta das cenas vistas por lá. Médicos com trajes de proteção andam pelas ruas ao lado de pessoas desmaiadas, enquanto vídeos mostram outros corpos sendo pisoteados e um tumulto dentro de um hospital. Em outro registro, é possível ver uma disputa por máscaras de proteção em um mercado.

Cobras e sopa de morcego

Apesar de toda a repercussão relacionada ao novo coronavírus, ainda não há uma confirmação a respeito de onde ele surgiu, ou o que provocou a dispersão na China. No entanto, dois estudos publicados no “Journal of Medical Virology” associam o vírus a uma iguaria da China, a sopa de morcego, e a cobras vendidas no mercado de Wuhan.

Os pesquisadores responsáveis descobriram que, de todos os vírus de animais testados, duas espécies de cobras muito comuns na China foram as que apresentaram maior similaridade com o novo coronavírus.

Os cientistas ainda apontaram que o vírus surgiu a partir da combinação de outros dois tipos de vírus da mesma família, um deles de um morcego. O outro é de origem desconhecida até o homem. Mas, segundo a pesquisa, foi tal combinação a possível responsável por tornar a contaminação possível em humanos.

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