Minas tem primeira morte por dengue confirmada em meio ao medo da chegada do coronavírus

Dengue e coronavírus
Especialistas alertam para a proximidade do pico da dengue em Minas (Divulgação/Fiocruz + TYRONE SIU /Agência Brasil)

Em um cenário em que a sociedade está com receio da possível chegada do novo coronavírus, Minas Gerais registrou a primeira morte por dengue. Especialistas alertam que a população fique atenta para combater o Aedes aegypti, apesar do temor de uma nova enfermidade. Somente em BH, nas quatro últimas semanas, 1.504 casos prováveis (confirmados ou suspeitos) foram registrados.

“Não podemos desfazer dos cuidados com a dengue. Infelizmente, temos a cultura de focar em algo que está alarmando mais e acabar esquecendo do outro. Isso não pode acontecer. É preciso manter o foco”, ressalta o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano.

A primeira morte confirmada por dengue no ano foi registrada no município de Medina, no Vale do Jequitinhonha, conforme o Boletim Epidemiológico publicado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), nessa terça-feira (3). O número pode aumentar, já que 10 óbitos seguem sendo investigados.

O registro de casos prováveis (suspeitos e confirmados) para a doença, em Minas Gerais, é de 20.381. A cidade com o maior número nas últimas quatro semanas é a capital com 1.504. Vejas os cinco municípios com mais casos da doença:

  • Belo Horizonte – 1.504
  • Tocantins – 615
  • Pará de Minas – 600
  • Formiga – 329
  • Unaí – 305

Cuidado redobrado

Por causa do citado índice e do período em que a doença é registrada, infectologistas pedem cuidado redobrado.

“O pico da dengue é em março, abril e maio. As pessoas precisam ficar atentas com os cuidados que todos já conhecem: deixar a caixa d’água bem tampada, evitar água parada em recipientes, entre outros”, diz, ao BHAZ, o infectologista Carlos Starling.

Apesar de compreender o receio da população com o possível registro de coronavírus no Estado, Urbano faz um apelo. “Sabemos que as pessoas estão temendo o coronavírus, porém não podemos desfazer os cuidados com a dengue. É preciso manter o foco e seguir com os cuidados”, afirma.

O Boletim Epidemiológico pode ser lido clicando aqui.

Sintomas

Os sintomas da dengue clássica são febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos e manchas vermelhas no corpo.

Nos casos graves o doente também pode ter sangramento da mucosa (nariz, gengivas), dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diminuição repentina da temperatura ou hipotermia.

As formas de prevenção consistem em eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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