Covid-19: Curva de contágio está mais acelerada em Minas, diz secretário de Saúde

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Secretário também informou que o novo pico da doença é apontado em meados de julho (Banco de imagens/Shutterstock + Pedro Gontijo/Imprensa-MG)

O Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que o nível de transmissão do coronavírus está aumentando em Minas Gerais. Em entrevista coletiva transmitida nas redes sociais nesta quarta-feira (3), o secretário explicou que a taxa que mede a quantidade de transmissão do vírus chegou a 1.42 na última semana, mas há esperança de que essa aceleração não signifique um descontrole.

O aumento dessa taxa, que já esteve próxima de 1, chamou a atenção, conforme explicou Amaral. “Lá no início, quando entramos no isolamento social, o Ro [taxa que mede a transmissão] esteve entre 3, 4 e 5. Ele teve uma queda muito grande, começou a ficar próximo do 1. O ideal é que fique entre 1 e 1.2”, disse.

Mudanças

O secretário explicou ainda que houve uma mudança na base das análises sobre a doença em Minas que ajudou a ter projeções mais confiáveis. Segundo ele, no início de março, as referências eram um banco de dados com os casos registrados no Brasil e também a tendência nacional. Como minas ainda não tinha um número significativo de casos, a projeção era baseada no número nacional. 

“Isso nos dava uma ideia do quantitativo de casos que teríamos e do momento em que teríamos o pico da doença. Posteriormente, passamos a fazer um ajuste semanal nessas análises. Tal ajuste nos trouxe uma interferência grande, que foi o isolamento praticado em Minas Gerais. Essa estratégia mudou consideravelmente a quantidade de casos projetados e também a data em que teríamos pico da doença”, pontua.

Com o passar do tempo, o número mais significativo de casos no estado possibilitou uma análise mais precisa do cenário mineiro. Atualmente, é feito um acompanhamento predominantemente da projeção de Minas Gerais, com a tendência mineira. De acordo com Carlos Eduardo Amaral, neste contexto, a estimativa de pico é apontada para meados de julho.

Ampliação da testagem

No que se refere à testagem para covid-19, Carlos Eduardo Amaral explica que na rede pública existe um rigor quanto à indicação para testagem. Atualmente, se enquadram nessa indicação os casos de pessoas que ficaram internadas com suspeita da doença, casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou de pessoas internadas em terapia intensiva com suspeita de coronavírus, profissionais da Saúde, profissionais da Segurança Pública, restritos de liberdade, asilados e a população indígena.

Já na rede privada, além de atender hospitais privados, os laboratórios particulares atendem à demanda espontânea de consultórios que apresentam a solicitação da testagem. “Por isso, naturalmente, a rede privada tende a ter um espectro maior de testagem. Hoje, nós temos testados na rede pública 22.443 casos e, na rede privada, 28.823 casos. Entendemos ser possível que a rede privada continue aumentando o número de testes, uma vez que contam com uma flexibilidade maior no sentido da indicação para testagem”, pontua o secretário.

Ainda segundo Amaral, a rede pública vem ampliando as indicações de testagem. “Inicialmente, não havia indicação para todos os profissionais da Segurança Pública (apenas para os sintomáticos), para os restritos de liberdade e para os asilados. Então, à medida que tivermos cada vez mais segurança do não desabastecimento de testes, iremos ampliando os públicos possíveis de serem testados”, destaca.

Quanto ao aumento de registros, o secretário ressalta que “o número de casos somente irá baixar se tivermos um isolamento social muito significativo ou se chegarmos ao topo, quando praticamente 60% da população já tiver sido contaminada, gerando, assim, um mecanismo de barreira através da chamada imunidade de rebanho”. O secretário esclarece, também, que o aumento de testagem foi outro fator que contribuiu para o aumento significativo no número de casos confirmados.

Com Agência Minas

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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