A prefeitura de Ribeirão das Neves decidiu recuar na flexibilização das medidas de combate ao novo coronavírus. O aumento expressivo de casos confirmados da doença na região metropolitana, em cidade como Neves e a oscilação na ocupação de leitos na capital exigiram da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) impactou o processo de reabertura gradual do comércio da capital mineira.
Desde o dia 22 de abril, quando Ribeirão das Neves optou por reabrir o comércio, o número de casos saltou de dois para 179. O número de mortes saiu da estaca zero em Neves chegando a três óbitos em decorrência da doença.
De acordo com o novo decreto (veja na íntegra aqui), o uso de máscaras na cidade passa a ser obrigatório. Além disso, os estabelecimentos deverão limitar o acesso de clientes garantindo o distanciamento e disponibilizar álcool gel.
Programa de reabertura
O decreto assinado pelo prefeito Moacir Júnior (PSC), prevê horário de funcionamento dos comércios e um modelo de flexibilização semelhante ao adotado em Belo Horizonte, onde a abertura ou fechamento das lojas dependerão dos índices da Covid-19.
“Fica estabelecido o Plano de Flexibilização para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, no município de Ribeirão das Neves, que será implementado de forma gradual, por meio da setorização das atividades comerciais e de serviços em fases distintas, de acordo com o risco sanitário e o potencial de aglomeração e permanência de pessoas”, diz o texto.
Ao contrário do que é feito na capital, onde o anúncio das fases é feito semanalmente, em Neves será a cada quinzena. “A avaliação sobre a necessidade de permanência ou progressão de fase, deverá ocorrer, no máximo, a cada quinze dias, de acordo com os indicadores epidemiológicos e operacionais”, acrescenta o decreto.
Em BH
Nessa sexta-feira (12), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou que a capital ficará estática em relação ao plano de reabertura. Ou seja, a partir da próxima segunda (15), não haverá abertura e, tampouco, fechamento de comércios. Com isso, a cidade se mantém com 93% das atividades em pleno funcionamento (saiba mais aqui).
O prefeito disse que é um risco assumido pela PBH. “Diante da compreensão e da linha que estamos tomando até hoje, determinamos que precisamos de mais um tempo para que a gente continue no controle da situação. Em alguns lugares há um descontrole muito grande, isso nos preocupa, pois sabemos a importância da capital. Vamos manter [a reabertura] correndo os riscos e esperando a queda dos números”, disse.
Mil casos suspeitos
Ainda na coletiva realizada nessa sexta-feira (12), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, informou que 1.106 pessoas abordadas nas barreiras sanitárias instaladas em BH foram identificadas com sintomas da Covid-19. “Essas pessoas foram orientadas a procurarem o sistema de saúde para acompanhamento dos casos e realização de testes”, disse o secretário.
As blitzen de verificação funcionam na capital desde o dia 18 de maio. Confira os endereços de onde estão as barreiras:
- Avenida Amazonas, próximo ao Viaduto do Anel Rodoviário
- Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, próximo à Rua Conde Pereira Carneiro
- Avenida Civilização, próximo à Rua dos Menezes
- Avenida Dom Pedro I, próximo à Rua Bernardo Ferreira da Cruz
- Avenida Cristiano Machado, próximo à Rua das Gabirobas
- Avenida José Cândido da Silveira, no trecho entre a MG-05 e Rua José Moreira Barbosa
- Rua Jornalista Djalma Andrade, próximo à Avenida Dr Marco Paulo Simon Jardim
- Avenida Raja Gabaglia, próximo à Rua Parentis
- Avenida Nossa Senhora do Carmo, no trecho Belvedere
- Rua Haiti, no trecho entre a Avenida Presidente Eurico Dutra e Rua Patagônia