A PF (Polícia Federal) realizou uma operação na casa do ex-comandante da PM (Polícia Militar), o coronel reformado Helbert Figueiró de Lourdes, que chefiou a corporação em parte da gestão de Fernando Pimentel (PT). Os mandados foram cumpridos na residência do militar, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital.
A ação chamada de Hangar faz parte da operação Acrônimo, que investiga Pimentel e a ex-primeira-dama Carolina de Oliveira. Segundo a PF, as investigações da “Hangar” tiveram início em abril deste ano, após suspeitas de obstrução de Justiça.
A investigação identificou que Pimentel e Figueiró estavam monitorando os trabalhos da PF. O Objetivo é descobrir como os investigados obtinham informações sobre os trabalhos de investigação. Figueiró comandou a PM mineira entre 2017 e 2019.
Ainda segundo a PF, se condenados, a pena pode chegar a até oito anos de reclusão. A cumpriu mandados de busca e apreensão, que foi expedido pela 11ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, na casa de Figueiró. Foram apreendidos três aparelhos de telefone celular e um computador.
Acrônimo
A Operação Acrônimo iniciou em 2015 com o objetivo de apurar supostas irregularidades na prestação de contas da campanha de Pimentel, e o favorecimento a empresas com empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Em entrevista ao BHAZ, em 2018, Pimentel chegou a dizer que a operação que o investiga tratava-se de uma armação. “ É tudo falso e foi feito contra mim por motivos políticos partidários, eu tenho provas de depoimentos, colhidos nos inquéritos, de agentes da polícia contando a armação lá dentro para desestabilizar o candidato eleito. Tanto é que eu ganhei as eleições e a operação começou no dia seguinte”, disse na época (relembre aqui).