A pandemia do novo coronavírus já provocou o fechamento de cerca de 200 lojas de shopping centers em Belo Horizonte. A associação dos lojistas defende que o setor está preparado para retomar as atividades e que o protocolo criado por eles está “acima de hospitais”.
“A crise nos levou a buscar solução e união para haver interlocução com o shopping e termos novas formas de lidar com as despesas. Mas, estamos chegando no limite. As empresas estão fechadas há mais de 100 dias. Temos notícia de que, em BH, por volta de 200 lojas fecharam as atividades”, disse César Albuquerque, diretor do Aloshopping (Associação de Lojistas de Shopping).
O representante da categoria também esteve presente na reunião entre o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e comerciantes. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (2), na sede da prefeitura.
‘Shoppings preparados’
Mesmo com o aumento no número de diagnósticos positivos para a Covid-19 na capital mineira, César acredita que o setor está preparado para voltar a funcionar, após mais de 100 dias parado.
“Existem dados científicos e técnicos na área médica de que o cuidado deve existir. Porém, os shoppings estão muito preparados para a reabertura. O protocolo criado pelo shopping eu diria até que está acima de hospitais. O tramite dentro dos shoppings foi muito bem elaborado”, apontou.
César acredita que a pandemia mudará a forma de venda e consumo nos shoppings. “O novo modelo de venda vai sofrer alterações e todos nós vamos passar por mudanças, incluindo o consumidor. Vamos ter que adequar a uma nova realidade”.
O que pode abrir?
Na capital mineira, o funcionamento dos shoppings está proibido. Apenas os comércios considerados essenciais estão de portas abertas. A PBH voltou à fase zero da flexibilização, após o aumento de registros de ocupações de leitos para tratar a Covid-19 e de diagnósticos positivos.
De acordo com o Boletim Epidemiológico e Assistencial da prefeitura, a cidade tem 7.144 casos confirmados e 158 mortes. Os leitos de UTI Covid-19 estão com 87% de ocupação, enquanto os de enfermaria registram 73%.
