O avanço de Belo Horizonte e cidades da região metropolitana nas ondas do programa Minas Consciente, plano de flexibilização do Governo do Estado, será definindo na tarde desta quarta-feira (12). Atualmente, a macrorregião está na zona vermelha, podendo funcionar apenas o comércio essencial. O comércio da capital deposita esperanças nesse avanço para evitar o fechamento por vias judiciais.
A informação sobre a reunião foi confirmada pelo secretário de Saúde de Minas, Carlos Eduardo Amaral, em coletiva na tarde de hoje na Cidade Administrativa. Segundo ele, “uma reunião do comitê extraordinário deve avaliar os parâmetros do programa”.
Empresários da capital têm a expectativa de que BH avance para a onda amarela, onde é permitida a abertura do comércio não essencial, incluindo bares e restaurantes. Desta forma, a flexibilização poderia ser mantida sem virar um caso de Justiça, já que a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) recusou uma orientação do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) de aderir ao Minas Consciente ou suspender a reabertura gradual, como determina uma decisão do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).
Cenário negativo
No entanto, o cenário não é animador para o comércio, já que o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, disse, também na tarde de hoje, que a perspectiva é de que BH e região não evoluam nas ondas do plano.
“Por hora, não [haverá mudança de onda]. A região se encontra na onda vermelha e é necessário esperar o período previsto dentro do plano Minas Consciente, ou caso não esteja aderido, manter a observância da Deliberação 17”, destacou. Apesar disso, é preciso aguardar a reunião do comitê, que definirá de fato de BH continua ou não na mesma onda.
Sem envolver a Justiça
Em entrevista ao BHAZ, nessa terça-feira (11), o presidente da CDL-BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte), Marcelo de Souza e Silva, disse que os comerciantes estavam esperançosos diante de um possível avanço de fase da capital.
“Temos a esperança de que o comitê estadual permita o avanço da capital para a onda amarela. Se a justiça entender que há uma equiparação mesmo não aderindo ao programa, BH poderia seguir com a flexibilização. O comércio não merece sofrer mais”, disse Marcelo.
O presidente da CDL-BH disse que tem conversado com o MPMG para que exista um diálogo entre os órgãos para não prejudicar o comércio. Nessa terça (11), a câmara protocolou um ofício pedindo que a flexibilização seja mantida na capital.
“Estamos pedindo paciência e bom-senso para que a gente consiga manter a flexibilização. BH já foi muito afetada por essa pandemia, foi um período muito cruel para o comércio. O MPMG não pode seguir na contramão e trazer mais malefícios. Neste momento precisamos desse bom-senso. Senão vai ter mais desemprego e perda de renda das famílias”, disse ao BHAZ.
Números
Minas Gerais bateu recorde no registro de mortes por Covid-19 nas últimas 24h. No total, foram 170 óbitos acumulados. Isso não quer dizer que esse seja o número de vítimas em um dia, mas sim quantos óbitos foram incluídos no sistema da SES-MG. Com isso, desde o início da pandemia em Minas, 3.783 já faleceram em decorrência da enfermidade.
Também nas últimas 24h, foram 3.934 novos infectados pelo novo coronavírus em Minas, chegando à marca de 160,4 mil pessoas com a Covid-19 em todo o estado.
Confira o que mudou no boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG, em relação aos números de ontem:
- 160.485 casos confirmados (aumento de 2,5%)
- 3.783 óbitos confirmados (aumento de 4,7%)
- 27.745 casos em acompanhamento (queda de 0,6%)
- 128.957 casos recuperados (aumento de 3,1%)