Uma pastora evangélica disse, durante um culto, que filhos que batem ou enfrentam os pais precisam receber “uma mão na cara e uma pisada no pescoço”. O vídeo polêmico viralizou nas redes sociais nesse fim de semana. As imagens foram feitas em culto da pastora Adriele da Silva Ota, da Assembleia de Deus em São Paulo, em setembro. Em entrevista concedida ao portal UOL, ela disse que a frase está descontextualizada e jamais quis incitar a violência.
A pastora exerce o ofício há nove anos na comunidade do Tijuco Preto, região do Itaim Paulista, na Zona Leste de São Paulo. O vídeo foi gravado por um fiel que estava na igreja, e se inicia pouco antes da pastora dizer as frases. Em pouco tempo, o registro viralizou nas redes, mas Adriele afirma que tudo não passou de um mal-entendido.
“Eu falo de um jeito que é para a população entender. Jamais diria para um pai ou mãe bater no próprio filho, mesmo que ele tenha feito isso com eles. A frase é uma metáfora para dizer ‘olha, você precisa mostrar quem é que manda em casa, não pode deixar seu filho fazer o que quiser, tem que mostrar qual é a regra'”, disse a pastora. “Nossa vida é um livro aberto. Não temos nada a esconder”, afirma Adriele. Ela tem três filhos, um deles é pastor-mirim, e o marido também prega em cultos.
Repercussão
Pelas redes sociais, as pessoas se dividiram entre apoio e críticas à pastora. “A senhora Adriele Da Silva Ota está usando de seus dogmas pessoais pra incentivo a agressão física e torturas psicológicas contra crianças. Isso é INADMISSÍVEL!”, disse um internauta. Outro comentou que gostou da atitude da pastora: “Está totalmente certa! É preciso educar”.
Sobre a repercussão negativa, a pastora disse estar com a consciência tranquila. “Essas frases negativas não me abalaram, de jeito nenhum. Eu sei que o que falei parece ser muito grave, mas também sei que todos que estavam naquele dia entenderam o contexto”, completou.