O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), garantiu que a população da capital mineira terá acesso à vacina contra a Covid-19. O mandatário afirmou, em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (25), que a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) está preparada para comprar a vacina “que vier”, pois há dinheiro em caixa visto a administração da cidade.
“Vemos a luz no fim do túnel, estamos a dois meses da vacina. A prefeitura se armou para comprar vacinas, se for necessário. Temos dois milhões de seringas estocadas, e, seja a vacina qual for, nós temos dinheiro. A que vier nós compramos. Não há risco da população ficar sem vacina”, garantiu o prefeito.
Kalil destacou ainda que a possibilidade de compra acontecerá por conta da “prefeitura estar muito bem administrada”. “Nós temos condições de imunizar a cidade e isso é fruto de uma administração firme. A situação financeira é confortável, seja qual vacina for nós temos dinheiro”.
Apesar de garantir o dinheiro em caixa, Kalil ponderou que o valor só será utilizado caso o governo Jair Bolsonaro (sem partido) não compre as doses. “Nós vamos pôr a mão nesse dinheiro até o Brasil conhecer o critério de imunização. Belo Horizonte não terá problema caso haja uma maluquice de pela primeira vez o governo federal não soltar a vacina”, concluiu.
Vacinação em 2021
Várias vacinas contra o novo coronavírus estão sendo testadas e produzidas ao redor do mundo. Nessa segunda-feira (23), resultados preliminares mostraram que o imunizante produzido em parceria entre a Universidade de Oxford (Reino Unido) e a farmacêutica AstraZeneca apresenta eficácia de até 90% (leia mais aqui). No Brasil, essa vacina será fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e deve chegar a 130 milhões de brasileiros até o fim de 2021.
Em sabatina no Assembleia Fiscaliza, evento organizado pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) na segunda-feira, o secretário de Saúde do estado, Carlos Eduardo Amaral, também garantiu que Minas tem estrutura para começar a vacinação assim que os imunizantes chegarem.
O secretário afirmou que, independentemente do Brasil vir a produzir ou não uma vacina, o imunizante será distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e integrará o PNI (Plano Nacional de Imunização). “Isto já está bem consolidado com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde”, afirmou.
Carlos Eduardo Amaral ressaltou que Minas Gerais já tem um Plano de Contingência para Vacinação Contra a Covid-19 estruturado há mais de dois meses e já em execução, cujo objetivo é deixar o estado 100% pronto para quando a vacina chegar: “Já adquirimos, até o momento, seringas, agulhas, dimensionamos a rede e planejamos a logística”.
Com Agência Minas