Minas negocia compra de 20 milhões de vacinas e recebe 500 mil hoje

CoronaVac
A Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, é um dos imunizantes em negociação (Valéria Cortez/Arquivo pessoal)

O Governo de Minas negocia a compra de 20 milhões de doses de vacinas com cinco diferentes laboratórios para a imunização da população mineira contra a Covid-19. A informação foi confirmada nessa terça-feira (16) pelo governador Romeu Zema, durante coletiva à imprensa em que anunciou o colapso do sistema de saúde no estado, blitze pela PM (Polícia Militar), e detalhou a inclusão de todos os municípios do estado na onda roxa do Minas Consciente – inclusive a capital mineira.

Segundo o governador, as compras seriam suficientes para toda a população do estado acima de 15 anos de idade. “Estamos negociando com cinco laboratórios. Três deles já têm as vacinas homologadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que são a Pfizer, AstraZeneca e Coronavac. E dois deles ainda não têm, que são a Johnson & Johnson e a Sputnik”, explicou Zema.

Ele reforçou que as medidas mais restritas de combate à Covid-19 são necessárias até o efeito das vacinas. “O processo de vacinação está acontecendo, está acelerando, mas ainda é insuficiente. Nos meses de janeiro e fevereiro, o país aplicou 18 milhões de doses. Neste mês de março, está prevista a aplicação de 28 milhões. E em abril, 40 milhões, mais um avanço. Mas até que essa vacinação surta efeito, nós temos que preservar as vidas”, disse.

“Eu suponho que em um mês e meio, dois meses, nós vamos ter, com a vacinação, uma queda muito expressiva de casos, mas ate lá precisamos zelar pela vida das pessoas”, pontuou.

Ninguém para trás

Ainda segundo o governador, a entrega das vacinas pelos laboratórios ocorrerá de forma simultânea. “Se esses laboratórios fornecerem para estados e municípios, a vacina vai chegar para o estado. Quero assegurar que o povo mineiro pode ter certeza que ele terá a vacina junto a outras cidades ou estados. Os laboratórios vão entregar simultaneamente quando houver essa disponibilidade. Tudo que está ao nosso alcance em relação a compra e fornecimento de vacinas está sendo feito. A vacina vai chegar, ou pelo Ministério da Saúde ou pelo estado”, ressaltou.

Meio milhão

O estado recebe, nesta quarta-feira (17), mais um lote contendo 509,8 mil doses de vacinas CoronaVac (doses 1 e 2). O Governo de Minas, da Central Estadual da Rede de Frio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), vai distribuir as vacinas às 28 Superintendências Regionais de Saúde e, posteriormente, aos municípios. A data da distribuição e os quantitativos ainda serão divulgados.

Essa é a oitava remessa de imunizantes enviada pelo Ministério da Saúde. A expectativa é vacinar, com ela, 242.782 pessoas, referentes a mais 7% dos trabalhadores de Saúde e 47% dos idosos de 75 a 79 anos, conforme as recomendações do governo federal. A orientação do Estado é que as prefeituras sigam as recomendações do PNI (Programa Nacional de Imunização) e apliquem as doses de acordo com o público-alvo e a quantidade destinada, para que não haja desabastecimento de imunizantes. 

A campanha de vacinação começou no dia 18 de janeiro em Minas Gerais, data de chegada do primeiro lote de imunizantes. Com essa remessa, o estado recebeu o total de 2.627.180 doses, sendo 2.216.680 da CoronaVac e 410.500 da AstraZeneca.

Doses extras

Dez cidades mineiras, que estão em situação crítica, vão receber doses extras para imunizar a população de 75 a 79 anos. Os municípios de João Monlevade, Varzelândia, Manhuaçu, Caputira, Mutum, Ipanema, Porteirinha, Ponte Nova, Guaraciaba e Araporã estão recebendo, desde segunda-feira (15), 370 doses extras de vacina contra Covid-19 para cada cidade. Assim, os municípios poderão vacinar imunizar mais 135 pessoas dos grupos prioritários.

Os imunizantes fazem parte da reserva técnica e o envio foi deliberado em reunião do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), na semana passada. De acordo com o governo, foram consideradas as especificidades de cada território e a identificação do risco frente aos impactos do coronavírus na respectiva população. 

Segundo a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Fonseca, os municípios foram avaliados por meio de indicadores pré-estipulados pela Sala de Situação e analisados a partir da criticidade em relação à ocupação de leitos, mortalidade e incidência nos últimos sete dias. A partir da análise desses indicadores, foi feita uma escala de risco, com objetivo de identificar as situações epidemiológicas mais críticas, sendo priorizadas as cidades com população abaixo de 100 mil habitantes que fazem parte da onda roxa do plano Minas Consciente.

“Esses municípios deverão seguir na imunização do grupo de idosos de 75 a 79 anos. Caso algum deles conclua a vacinação de 100% desta população, poderá vacinar a população de 70 a 74 anos, conforme disponibilidade de vacinas”, detalha Janaína.

Com Agência Minas

Edição: Thiago Ricci

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