Abordagem de trânsito vira briga generalizada no Ceasa e PM leva ‘mata-leão’

Briga PM agressão Ceasa
Briga generalizada se instaurou no estacionamento, em Contagem (Divulgação/PM)

Um policial militar ficou ferido e precisou ser hospitalizado após uma briga durante uma abordagem de trânsito, na Ceasa (Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (19). O policial, que estava sozinho durante a fiscalização, recebeu um mata-leão do casal responsável pelo veículo, e a confusão teve como desfecho uma briga generalizada no estacionamento.

Segundo a PM, uma mulher teria estacionado em local proibido, além de estar com a documentação do veículo irregular. Quando o policial pediu para que ela saísse do lugar, ela teria rasgado a documentação, respondido com ofensas e palavrões, e se recusado a deixar o espaço.

Foi dada voz de prisão, e segundo a capitão Layla Brunnela, porta-voz da PM, a mulher partiu para a agressão .”Vai para cima mesmo, com chutes, socos. A gente tem imagens que mostram que ela golpeia o militar na parte do abdômen, na parte renal, e vai pro chão com esse policial”, contou em coletiva sobre o caso.

‘Mata-leão’

Após o início da confusão, o marido e os filhos da mulher também começam a agredir o responsável pela fiscalização. “No momento em que o esposo dela, insuflado por populares, os filhos também, começam ali a manterem uma série de outras agressões a esse militar. O marido então vem e golpeia com mata-leão no policial”, relata a porta-voz.

O militar chega a desmaiar em razão desse golpe, apaga mais de uma vez, tem o seu colete arrancado, e outras pessoas entram na confusão. “Mais pessoas começam a se juntar nessa agressão, arremessando frutas, legumes, pedras contra as guarnições. A segurança da Ceasa de imediato vem ao socorro desse policial militar”, conta.

A polícia então realizou um um pedido de prioridade via rede rádio, e guarnições, tanto da guarda civil, quanto do tático móvel, se deslocaram para o local.

‘Agressão contra o Estado’

Com a chegada do GER (Grupo Especial de Reação), da companhia tático móvel, o volume maior de policiais militares conseguiu dispersar a multidão, algemar e conter os responsáveis. No total, a polícia conduziu seis pessoas, mas outras ainda podem ser detidas. “O circuito interno, além das imagens nas mídias sociais, estão sendo utilizadas para que a gente possa identificar e conduzir todas as pessoas que participaram também da agressão”, explica.

“Por parte das nossas guarnições, não houve uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, apenas o uso da força necessária para conter a agressão”, garante.

“É definitivamente um embate contra o próprio Estado, uma agressão contra o Estado Democrático de Rireito, contra agentes de segurança, que estão ali cumprindo seu papel, fazendo a sua parte. Nós tivemos segurança privados, guardas civis também, agredidos, com escoriações, machucados, coletes arrancados”, pontua a capitão Layla.

O PM responsável pela fiscalização se encontra no hospital. “O nosso policial militar está internado, em observação, teve machucado na cabeça, no corpo, em uma das pernas ficou mais machucada. Em razão dos desmaios, o médico optou que ele fosse hospitalizado, para ver se há ou não alguma sequela”, explica.

Abordagem rotineira

A capitão ainda conta que a fiscalização era apenas uma abordagem de rotina na Central. “Era uma abordagem de rotina, são diárias, nós temos um pelotão que acompanha e apoia a segurança privada do local, apoia nas questões de trânsito, ou mesmo de crimes que possam acontecer no local, tanto que o militar estava sozinho. É um lugar que normalmente não nos traz nenhum grande transtorno”, relata.

Há informações preliminares, sem confirmação, que a mulher seja uma feirante, com contato dentro da Ceasa, e que ela e o marido sejam lutadores de artes marciais. “Pelo tipo de golpe”, explica a capitão. Ainda não houve nenhuma informação de apresentação de materiais, e não sabe se o veículo vai ser removido. Não houve perda de material. Apesar do colete ter sido arrancado do corpo do policial, ele foi recuperado.

Lesão corporal

Os envolvidos foram levados por lesão corporal, natureza principal e motivo pelo qual eles estão sendo conduzidos, além de resistência, desacato, e desobediência, como natureza secundária. À princípio, o casal e mais quatro principais autores se encontram nesse grupo, mas ainda há a possibilidade de mais conduções.

Posicionamento

O BHAZ tentou entrar em contato com o Ceasa, no início da tarde, para obter um posicionamento da Central, mas não nenhuma das ligações foi atendida. A reportagem será atualizada tão logo a Ceasa se pronuncie.

Edição: Roberth Costa

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