Treinos exaustivos, horas na academia e dietas restritas são, possivelmente, as primeiras coisas que vêm à mente quando pensamos na rotina de um body builder profissional. Mas será que é assim mesmo? O Arreda pra Cá, podcast do BHAZ, recebeu Matheus Nery, o único atleta profissional de fisiculturismo de BH para contar sobre a vida no esporte.
“É um esporte que vem crescendo muito no Brasil. O Brasil hoje é a segunda maior potência no fisiculturismo mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, então é uma cena muito forte”, conta Nery.
“É um esporte de alto rendimento, talvez o esporte de mais alto rendimento, porque leva a gente ao extremo mesmo todos os dias”, detalha.
Matheus Nery afirma ainda que há um certo estigma relacionado à profissão no Brasil – e o nome não colabora muito. “Eu nem gosto dessa tradução em português: fisiculturismo, culto ao corpo. Mas a essência do fisiculturismo não é isso, o nome em inglês é body building, que é construir um corpo”, pontua o atleta.
“O fisiculturismo, às vezes, as pessoas interpretam como algo muito egocêntrico, muito narcisista, e na verdade não é. Não é ficar se exibindo. Hoje o meu trabalho, eu sou um atleta profissional, e o que eu tento passar pras pessoas é essa essência do nome em inglês. Eu tô construindo um corpo”, explica Nery.
De culto à construção do corpo
Apesar de ter uma interpretação mais aprofundada do esporte atualmente, Nery nem sempre teve esse pensamento. Ele lembra que, quando começou na academia, por volta dos 17 anos, era motivado pelo culto à imagem de corpo que ele gostaria de ter: “Por causa desse complexo, eu procurei a academia e era vaidade, queria melhorar a minha imagem”.
Nery conta que, na adolescência, se incomodava com o fato de ser muito magro, e foi apenas depois de um tempo nos treinos que começou a se aprofundar e passar a entender a rotina como um esporte. “Na academia, os meus amigos, as pessoas, os instrutores já falavam, ‘cara, você tem potencial’. Eu já me destacava ali. Quando a pessoa é alguém da área, ela consegue perceber traços genéticos, características genéticas que identificam que a pessoa tem uma pré-disposição para se dar bem”, explica.
No entanto, nem tudo pode ficar na conta da genética. “O que manda mesmo é o trabalho. Eu tenho uma genética favorável, mas, durante muito tempo, eu acreditava só na minha genética, então eu fiquei ali mediano. Tinham pessoas com genética menos favorecida do que a minha, mas que trabalhavam, trabalhavam duro. Então foi o momento que eu virei a chave, foi justamente aí”, afirma Nery.
Confira o papo na íntegra abaixo:
Arreda pra Cá
Se tem duas coisas que o mineiro gosta de verdade, elas são: Minas Gerais e uma boa conversa. Se juntar os dois então, já viu… E foi exatamente isso que o BHAZ fez: o Arreda pra Cá, nosso podcast, recebe personalidades mineiras e figuras importantes que têm tudo a ver com a história do nosso estado. Tem esporte, internet, arte e uma bebidinha que não pode faltar, né!?
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