Assassinato de jovem gay brasileiro provoca revolta e protestos na Espanha

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Morte de Samuel Luiz, que é brasileiro, causou manifestações pelos direitos LGBTQIA+ (Reprodução/Facebook)

O centro de Madrid, na Espanha, acabou sendo dominado por protestos nessa segunda-feira (5), pela morte do brasileiro Samuel Luiz Muñiz. O jovem foi espancado até a morte, segundo testemunhas, por ser gay. O crime ocorreu no sábado (3), perto de uma boate em La Coruña, no noroeste do país. Os manifestantes pediram “Justiça por Samuel”.

Samuel Luiz Muñiz tinha 24 anos e era auxiliar de enfermagem. Segundo o Deutsche Welle, ele foi encontrado inconsciente próximo à boate. O serviço de resgate tentou reanimá-lo na manhã do sábado, mas o jovem não resistiu.

De acordo com o delegado do governo da região noroeste de Galiza, a polícia está checando as câmeras de vigilância e interrogando mais de 10 suspeitos e testemunhas que estavam do lado de fora da boate no momento da agressão.

Manifestações na Espanha

Nessa segunda-feira, manifestantes se reuniram na Porta do Sol de Madrid, um dos pontos mais famosos da cidade, para pedir justiça pela vida de Samuel Luiz Muñiz. “Justiça para Samuel. Homofobia e fascismo são a mesma coisa”, dizia uma gigantesca faixa carregada pelos protestantes.

Milhares de pessoas se reuniram na manifestação, com algumas delas usando a bandeira LGBTQIA+, e gritando “justiça por Samuel”. Em outras cidades do país, como La Coruña, tiveram marchas organizadas com centenas de pessoas. Confira vídeos:

Parentes apontam homofobia

Desde a morte do brasileiro, parentes do brasileiro dizem que ele foi vítima de um crime de homofobia. O ministro espanhol do Interior, Fernando Grande-Marlaska, disse ontem (5) que até aquele momento não haviam presos, e que “nenhuma hipótese está excluída, nem o crime de ódio nem qualquer outro”.

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, também se pronunciou: “Estou confiante de que a investigação da polícia logo encontrará os perpetradores do assassinato de Samuel e esclarecerá os fatos. Foi um ato selvagem e impiedoso. Não daremos um passo atrás em direitos e liberdades. A Espanha não vai tolerar isso. Todo meu apoio à sua família e entes queridos”.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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