Empresa oferece curso gratuito de programação para meninas negras e trans

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Cursos de programação serão 100% online (FOTO ILUSTRATIVA: Banco de imagens/Unsplash)

A startup social {reprograma} está oferecendo um curso gratuito de programação front-end para meninas e 14 a 17 anos, preferencialmente negras, transexuais ou travestis. As oficinas e aulas serão 100% online, e interessadas de todo o Brasil podem participar. As inscrições vão até a próxima segunda-feira (4).

O curso, que conta com o apoio da empresa B3 Social, selecionará primeiro 360 alunas para uma oficina. As selecionadas participarão das oficinas entre os dias 21 e 23 de outubro. Cada oficina terá duração de um dia e introduzirá HTML e CSS. Ao final do mesmo dia, a previsão é de que as meninas terão aprendido a fazer e colocar o seu primeiro site no ar, para enviar a recrutadores e/ou clientes. 

Programação front-end é o desenvolvimento das interfaces de um site, rede social ou aplicativo, com as quais o usuário pode interagir – a parte visível para os visitantes.

Seleção para outras turmas

Segundo a CEO da {reprograma}, Mariel Reyes Milk, no final das oficinas, 60 candidatas serão selecionadas para formarem duas turmas de programação front-end. “Terão duração de seis semanas, com início das aulas marcado para o dia 03 de novembro”, explicou Mariel.

As aulas online serão ao vivo durante as tardes de sábado, com revisão das atividades nas tardes de quarta-feira. As alunas também receberão atividades complementares e poderão consultar o plantão de dúvidas para ajudar em seu desenvolvimento.

A {reprograma} recomenda que as candidatas e alunas tenham computador com acesso a internet, mas aquelas que não tiverem podem receber auxílio da organização do programa. Entre os conteúdos do curso estão:

  • HTML: linguagem de marcação que descreve a estrutura geral de um documento e a ligação – os links – entre os diferentes tipos de conteúdos.
  • CSS: linguagem que adiciona estilo a uma página web – como cores e fontes.
  • Lógica de programação: sequência lógica para construir um programa, os tipos de dados utilizados, repetições, decisões e variáveis.
  • JavaScript: códigos escritos que realizam várias atividades, entre elas atualizar parte de uma página para acelerar a navegação, validar dados de um formulário até permitir usar jogos dentro do navegador.

Como se inscrever

Para participar do processo seletivo, as interessadas devem fazer a inscrição no formulário disponível aqui. Depois disso, elas têm de enviar um vídeo de apresentação de no máximo 1 minuto. Após preencher o formulário e enviar, a candidata tem até 24 horas para enviar o vídeo.

De acordo com o programa, o vídeo não precisa ser profissional pois o objetivo é conhecer um pouco mais as interessadas. A {reprograma} disponibilizou um tutorial no Instagram da empresa para auxiliar as candidatas que tiverem dificuldades para enviar os vídeos, confira:

As aprovadas nessa primeira etapa passarão para a etapa das oficinas. A comunicação do programa com as selecionadas será feita através do email, sendo assim, é importante checar as caixas de entrada e spam. O período de inscrições vai até o dia 4 de outubro.  

Depoimentos de ex-alunas

O projeto da startup paulistana está na sua terceira edição, e suas antigas alunas estão atuando na área tecnológica. “Eu tinha 15 anos quando participei, não fazia ideia de qual carreira seguir e programação nem passava pela minha cabeça”, disse Tarsila Tereza, de São Luís (MA), participante da 1° edição, e hoje co-fundadora da Wonews.

Erika Vieira, que fez parte da 2° turma do programa, aplicou os aprendizados do curso em um projeto nacional de robótica. “Hoje, faço parte da equipe de desenvolvimento de projeto MNR (Mostra Nacional de Robótica), e lá estou tendo a chance de mostrar os meus conhecimentos de front-end”, contou.

Sobre a {reprograma}

Fundada em 2016, pela peruana Mariel Reyes Milk e suas sócias Carla de Bona e Fernanda Faria, a startup social paulista que ensina programação para mulheres, priorizando as negras e/ou trans, por meio da educação, tem o objetivo diminuir a lacuna de gêneros na área de T.I. A {reprograma} possui empresas parceiras como Accenture, Creditas e Facebook, iFood, entre outras.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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