O Cruzeiro abriu a Toca da Raposa para que grupo de integrantes da Máfia Azul se reunisse com o técnico Fernando Diniz e alguns jogadores, para cobrá-los diretamente, além de entregar um manifesto escrito.
Nada profissional isso.
Como diz o título do livro do Ferran Soriano, sobre o Barcelona: “A bola não entra por acaso”.
Bons resultados e títulos dependem da qualidade do elenco que um time tem. No futebol, só querer, não é poder. Se o adversário for mais qualificado e tiver mais peças de reposição, só não vencerá se acontecer uma “zebra” ou uma falha gigante de algum jogador ou do treinador.
Raça e determinação são obrigações de todo time, mas “água demais mata a planta”. Quando um jogador exagera, para mostrar “raça”, costuma ser expulso ou se machucar. Ou, errará um passe, perderá um gol. Simplesmente porque ele está no limite dele e o adversário é superior.
Pressão que vale mesmo é a das arquibancadas, do grito de quem está lá.
Mas, sem bombas e invasões, como alguns marginais atleticanos fizeram na final da Copa do Brasil contra o Flamengo. Idiotice tão grande que resulta em jogar com portões fechados, como ontem, na derrota para o Juventude e semana passada no empate com o Botafogo. Além de ter de jogar fora do seu próprio estádio e pagar aluguel ao América.
Esse “cara a cara”, só cria constrangimentos e insegurança nos jogadores. Todos têm família e direito à privacidade. Saem às ruas, frequentam restaurantes, shoppings, levam filhos à escola, enfim.
Ser cobrado pessoalmente, na intimidade do seu local de trabalho, soa como ameaça, grave.
Isso nunca dá certo!