Paulinho não merece ser jogado às cobras

Paulinho não merece ser jogado às cobras

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No início da temporada Hulk e Paulinho formavam uma dupla promissora (Foto: Pedro Souza/Atlético)

No início da temporada Paulinho e Hulk formaram uma ótima dupla que arrancou elogios gerais e deu muita esperança à torcida de que haveria fartura de gols em todas as disputas deste ano. Eles arrasaram no Mineiro e começaram bem o Brasileiro.


Sob o comando de Eduardo Coudet, que os escalava taticamente bem próximos um do outro, se revezando nos lados do campo, confundindo a marcação.
Desperdiçar chances claras de gol, todo atacante desperdiça, mas com tantas oportunidades criadas, uma ou duas bolas entram e ninguém reclama. O argentino Coudet foi embora, chegou Felipão que mexeu na formação tática e no posicionamento de Hulk e Paulinho. O meio de campo parou de criar e os gols e as vitórias sumiram. Continuou havendo desperdício de chances, coisa normal para atacantes, porém, com muito menos oportunidades sendo criadas.


De repente, “não mais que repente”, era preciso criar um vilão, um bode expiatório para o jejum de gols e vitórias. O técnico não poderia ser, porque afinal de contas tinha acabado de chegar e era o Felipão, né? E se tiver multa rescisória? Contrato dele vai até dezembro de 2024. Como mandar embora tão rápido um ex-aposentado, convencido pela diretoria a se desaposentar? E como explicar que, assim como o Eduardo Coudet haveria, de novo, uma multa pesada?


Mexer com Hulk, nem pensar. Afinal, tem crédito e quase carrega sozinho o time nas costas, há tempos. E olhem que ele errou um pênalti decisivo na eliminação pelo próprio Palmeiras em 2021, né?

Sobrou pro Paulinho, coitado, que passou a receber todo tipo de crítica e se tornou o vilão da vez. Grande parte da torcida tem a cabeça feita por boa parte dos críticos.
Aí, o Paulinho erra a melhor chance do jogo eliminatório decisivo da Libertadores contra o Palmeiras. Pronto! Acabou Paulinho.


Os jogadores do Galo deveriam se inspirar no grupo do Athletico/PR, que abraçou o zagueiro Thiago Heleno. Ele errou o pênalti que classificou o Pereira, da Colômbia, mas ao invés de ser crucificado ganhou o apoio dos colegas e diretoria, sob o argumento justo e óbvio: num grupo, erros e acertos são de todos. No futebol, ninguém vence ou perde sozinho; é esporte coletivo.
Com tanta porrada e isolado, não será fácil a vida do Paulinho no Atlético, que ao invés de dar força e ajudá-lo a se recuperar emocionalmente, silencia.


No dia 29 de janeiro, depois de um 2 a 1 sobre o Tombense, escrevi em meu blog: “O Tombense deu trabalho, mas a vitória do Galo acabou saindo, com um 2 a 1 de muito bom tamanho… valeu demais ver essa nova dupla de ataque do Atlético, que promete…
E emendei concordando com o jornalista Brenno Beretta, que comentou: @BrennoBeretta “Hulk e Paulinho estão se entrosando mais… que baita dupla de ataque vem se formando no #Atlético! São dois goleadores. Campeonato Estadual serve pra isso mesmo… como se fosse uma pré-temporada dos torneios mais difíceis que vêm pela frente.”

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