O jornalista Milton Neves estava revoltado no comentário dele esta manhã na BandNews FM 89,5. Dizia que é preciso um basta no favorecimento absurdo a Corinthians e Flamengo pelas arbitragens.
No título dessa coluna eu escrevi “Boa vontade”, para não dizer coisa pior, mas é realmente impressionante como estes times são historicamente beneficiados. Continua viva na memória a ajuda que o “Timão” teve semana passada contra o Grêmio naquele 4 x 4 pelo Brasileiro, quando teve um pênalti não marcado contra ele.
No jogo de ida da semifinal da Sul-Americana, no Itaquerão, ontem, o soprador de apito uruguaio Esteban Ostojich anulou o gol do Fortaleza, achando que houve falta no Fábio Santos. Felizmente o VAR evitou que o time cearense fosse prejudicado. Isso foi aos 21 minutos. Aos 33 Bruno Pacheco sofreu entrada dura de Gil, pênalti, mas o uruguaio mandou tocar e o VAR nem deu bola. Aos 42, Marinho entrou na área corintiana em velocidade e tomou um carrinho do Fábio Santos. Como o atacante é famoso por cavar penalidades, nem o árbitro nem o VAR deram atenção. Mas pelo menos o VAR deveria ter sido acionado.

O jogo terminou 1 a 1 e a decisão será no Castelão na semana que vem.
Depois da partida, o vice-presidente do Fortaleza, Alex Santiago, se manifestou bravo, falando em tomar medidas “cabíveis”:
__ Não nos calaremos, torcedor! As medidas que estão ao alcance do clube serão devidamente adotadas…
Aí eu pergunto: que medidas senhor Alex? Contra quem? Vai adiantar o quê?
Como dizia o Dr. Alcy Álvares Nogueira, que foi um grande presidente da Federação Mineira de Futebol nos anos 1980:
__ Assunto para as calendas gregas!
Ou seja, vai dar em nada. Vergonha, que só liquida com a credibilidade do nosso futebol.
Segundo o professor Sérgio Nogueira, calendas “… é adiar a solução de alguma coisa para um tempo que nunca há de vir”. Calendas (daí o calendário) era o primeiro dia de cada mês no calendário romano..”