Lula na cadeia e o fim da corrupção

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Há 1 ano no Brasil a corrupção acabou. O grupo de oposição, liderado por nomes como o de Sérgio Moro (o do “conge” ), conseguiu colocar o Lula lá: na cadeia. A partir daquele dia então o Brasil passou a ser livre do fantasma da corrupção. Que alívio!

O grande acordo começou a se fortalecer desde a reeleição da ex-presidenta Dilma Rousseff. Com um governo fragilizado, ela foi golpeada de todas as formas, até sair do governo para a entrada de Michel Temer. A então oposição utilizava o discurso que seria só tirar o PT para acabar com os problemas no Brasil. Com a saída da ex-presidenta e com a prisão de Lula tudo foi resolvido e conseguimos respirar tranquilos. A bandidagem acabou, finalmente.

Foi difícil. Além de retirar a Dilma e prender o Lula, foi necessário um grande esforço também para evitar a eleição do líder político. O Comitê de direitos humanos da ONU até alertou sobre a necessidade de garantia dos direitos políticos, mas o PT foi obrigado a lançar o nome de Fernando Haddad como candidato oficial. Ele chegou ao segundo turno com uma quantidade expressiva de votos, mas acabou perdendo as eleições.

Desde então, a articulação permanece. Tentam de todas as formas apagar a imagem do ex-presidente, a ponto de condenar até mesmo a saída da cadeia para ir ao enterro do neto. Na ocasião, a simples cena de Lula acenando para as pessoas que gritavam o seu nome foi motivo suficiente para ocupar as páginas dos principais jornais e para gerar uma repercussão gigantesca na mídia. A liderança e a força política dessa figura assusta, e muito, a oposição. Talvez por isso seja interessante para eles manter o ex-presidente na cadeia.

A história lembra muito a prisão do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica. O filme “ Uma noite de 12 anos”, exibido nos cinemas no ano passado, mostra a prisão e resistência por mais de uma década a um regime ditatorial e a tentativa mal sucedida de apagar uma figura política. A grande diferença da história foi que Mujica criou a sua carreira após sair da prisão, chegando ao poder no Uruguai e hoje é visto como um dos governantes mais louváveis da América do Sul nas últimas décadas.

E no Brasil? O que o futuro reserva ao ex-presidente Lula? Sua imagem é insistentemente emudecida com a prisão e o país passa por mudanças geradas pela sua saída do poder. Sérgio Moro chegou ao Ministério da Justiça, Bolsonaro chegou à presidência e o Brasil tem caminhado por modificações profundas: reforma da previdência, reformas nas políticas sociais, avanço da extrema pobreza e os mais diversos desafios relacionados aos direitos humanos.

Vale lembrar que pouco mais de 100 dias após o início do novo governo temos um presidente com um altíssimo índice de rejeição popular, com pesquisas que apontam que mais de 30% da população consideram o governo ruim ou péssimo. A avaliação é a pior vista por um presidente eleito desde 1990. No mesmo cenário político tortuoso, o ex-presidente Michel Temer ficou preso por menos de uma semana, quando foi solicitada a sua saída, o que mostra para qual lado a balança da justiça pesa mais.

Mas pelo menos temos um conforto no Brasil: acabou a corrupção. Se não fosse isso eu ia até dizer que tudo era ódio do Lula ou do PT.

Marcelo Batista[email protected]

Marcelo Batista é professor de redação no Bernoulli, no Qi, na plataforma Kuadro, na Qualoo e na Transvest. Graduado em letras pela UFMG, é o fundador da Aprendi com o Papai, plataforma que conta com um canal no Youtube e salinha de redação em Belo Horizonte. Com quase 15 anos de experiência em sala de aula, já trabalhou no ensino fundamental, médio, pré-vestibulares e preparatórios para concursos públicos, o que faz com que tenha uma grande proximidade não só com a educação, mas também com as temáticas mais relevantes para a juventude.

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