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Bolinho empanado de carne ou Prexeca do Bolota’s?

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Crédito: Bolata's Bar

Fomos atrás do Leo, o nosso querido Bolota do Bolotas Bar, atualmente com a unidade em Santa Tereza, para falarmos sobre um bolinho típico dos bares de Belo Horizonte: o bolinho de carne empanado e frito, carinhosamente apelidado de “Prexeca” por essa mente alegre, boêmia e divertida.

No nosso bate-papo, perguntei a ele quem nasceu primeiro, o Bolota ou a Prexeca. Segundo o Leo, ele já investigou essa história, inclusive conversou com o mestre da Baixa Gastronomia, meu ídolo Nenel, e ainda não encontrou nada que comprove que esse apelido Prexeca já existia em Belo Horizonte antes de sua chegada em 2017, na unidade Bolota’s Serra (atualmente fechada).Leo compartilhou conosco que a ideia surgiu em uma viagem a Portugal, num butiquim, onde ouviu um português gritando: “as prexecas estão demorando”. Curioso, ele foi conferir e descobriu que se tratava de um bolinho de carne com castanha portuguesa. Ao trazer a ideia para Belo Horizonte, ele substituiu a castanha pelo jiló e batizou os seus bolinhos como Prexeca.


Encontramos a Xuranha do Ali Ba Bar, um bar tradicional de BH, também um bolinho empanado de carne recheado. Então, eu, Dayanne Melgaço, batizo a Xuranha e a Prexeca como primas, mas cada um com seu jeitinho especial de ser. Vale a pena ressaltar que os recheios são diferentes: a Xuranha do Ali Ba Bar é recheada com queijo e tomate, enquanto a Prexeca do Bolota’s tem a opção com jiló.

Embora o apelido Prexeca seja considerado novo, segundo o Leo, o bolinho de carne é mais antigo que o Bolota. O bolinho é vendido nos butiquins de BH há quase 100 anos, mas ele tem muito orgulho de ter participação nessa brincadeira do nome: Prexeca. Eu particularmente amo o bolinho, e amo mais ainda a sua empolgação ao falar sobre o prato.

Perguntei a ele também o que torna a Prexeca do Bolota especial, e a resposta veio acompanhada de muitas risadas: “A Prexeca é suculenta por dentro, cheirosa por fora e crocante igual ao Bolota”.

Leo, com toda a sua simpatia, finalizou o bate-papo contando sobre as dificuldades encontradas atualmente em manter um butiquim com música na capital dos bares, especialmente quando se trata de samba. Mas afirmou: “O buteco é um grande amor, uma paixão. O balcão é minha vida. Não consigo ver o Bolota com a barriga fora do balcão.”

Eu venho aqui levantar a questão: a Prexeca é do Bolota ou não? Se você conhece mais alguma história sobre esse bolinho, conta pra gente!

Dayanne Melgaço

Publicitária e gestora de marketing gastronômico, atende bares e empresas do segmento. Apaixonada por empreendedorismo, conexões, uma boa conversa na mesa de bar e comida afetiva
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