Duas horas após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmar a eleição de Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou sobre a derrota. Os presidentes do Senado, da Câmara, do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal) já se pronunciaram.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Bolsonaro se reuniu com o general Walter Braga Netto (PL), candidato a vice na chapa dele. Ele passou toda a tarde no Palácio da Alvorada com um dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL).
Ainda segundo o jornal, o atual presidente não quis falar ao telefone com ministros, nem recebê-los no Palácio após a derrota. Os filhos dele também não se pronunciaram.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a participar de uma live com o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) ainda durante a apuração das urnas, mas saiu da transmissão ao vivo quando faltavam cerca de 36 milhões de votos a serem apurados, já com Lula na frente.
Líderes do Congresso e instituições comentam resultado
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez um pronunciamento e parabenizou Lula pela vitória. Ele disse que “é preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas”.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, também parabenizou o presidente eleito em entrevista na casa legislativa. “Desejo que a partir de janeiro de 2023, quando aqui estaremos a darmos posse aos eleitos, que possam exercer os seus mandatos com dignidade, êxito, espírito democrático, contribuindo para efetivas soluções dos problemas reais”, afirmou.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, discursou ao lado da presidente do STF, Rosa Weber. “A vontade do eleitor foi depositada nas urnas eletrônicas, que são patrimônio nacional. Espero que, a partir dessa eleição, finalmente cessem as agressões ao sistema eleitoral”, disse o ministro.
Rosa Weber também exaltou o sistema eleitoral brasileiro. Para a ministra, este momento “reverencia a escolha do povo livre, por meio de um sistema seguro e auditável, atestando superioridade da ordem constitucional”.
