Candidato ao Governo de Minas pelo Partido da Mulher Brasileira, cabo Paulo Tristão avalia não ser necessário se vangloriar por socorrer o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) depois da facada que ele levou em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, ainda em 2018.
Em entrevista ao BHAZ, nesta terça-feira (13), o candidato foi questionado sobre as articulações que resultaram na candidatura dele pelo PMB. Em um primeiro momento, Tristão tentava viabilizar a disputa nas Eleições 2022 junto do PROS, que tinha o coach Pablo Marçal como nome para a Presidência. No entanto, as articulações não foram para frente e ele acabou fechando com o PMB, que apoia o atual presidente.
Articulações
“Procurei o PROS, um partido que estava aberto ao diálogo para uma candidatura ao governo. Fomos em Brasília, fui atendido pelo Pablo Marçal, o único presidenciável na época que tinha me atendido, conversamos e ele se dispôs a me ajudar a fazer essa articulação para a minha candidatura a governador”, disse.
“Só que não deu certo, o partido já estava naquela disputa judicial entre um presidente e o outro. Eu sempre fui um candidato de centro-direita, um candidato mais voltado à direita. E o PMB conversou com o presidente Bolsonaro, e lideranças mais diretas, e o partido entendeu que o apoio seria para o presidente Bolsonaro”.
Tristão negou que possa ter ocorrido um afastamento do presidente. “Seguindo orientações do partido, a minha ideologia que é mais voltada à direita, e as conversas que tivemos com vários outros partidos, hoje sim estou trabalhando, fazendo palanque do presidente Bolsonaro”.
Direita unida
“O que a gente vê é que a direita tem se unido em prol da candidatura do presidente Bolsonaro, existe um outro lado da política que tá querendo voltar coisas que levamos 16 anos para fazer uma ruptura”, disse. “Voltar atrás numa política de mais estado e menos povo, não me vejo. Então numa campanha polarizada como está, não vejo outra possibilidade a não ser apoiar o presidente Jair Bolsonaro”, defende.
Bolsonaro e a facada
Sobre a facada sofrida por Bolsonaro, em Juiz de Fora, cabo Tristão relembrou que estava na equipe que acompanhava o ato e ajudou a socorrer o então candidato. “Eu era candidato a deputado federal na época, estava a cinco passos. E eu evito a todo momento falar essas coisas, o que eu fiz lá foi como qualquer cidadão. Não tenho que ficar falando, me vangloriando. Eu já salvei, pessoalmente, mais de 15 vidas ao longo de 15 anos de profissão. Uma vida é muito importante e nosso trabalho não é ficar se vangloriando, recebendo medalha”.