O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) convocou brasileiros que têm armas e frequentam clubes de tiro para participar de um “voluntariado” pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Ele ainda está distribuindo adesivos e santinhos do mandatário em São Paulo.
O chamado veio pouco antes de o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar a suspensão de trechos de decretos de Bolsonaro que facilitavam a compra e o porte de armas. “O início da campanha eleitoral exaspera o risco de violência política”, justificou na decisão dessa segunda-feira (5).
Em publicação no Twitter, Eduardo Bolsonaro postou uma foto do pai ao lado de uma televisão, que exibia uma reportagem sobre uma declaração do ex-presidente Lula (PT) sobre armas. “Não haverá decreto de arma nesse país, haverá decreto de livros”, disse o candidato em evento no domingo (4).
“Você comprou arma legal? Tem clube de tiro ou frequenta algum? Então você tem que se transformar num voluntário de Bolsonaro. Peça ao seu candidato a deputado federal adesivos e santinhos do presidente, distribua”, escreveu o deputado federal.
Críticas
Eduardo Bolsonaro foi elogiado por apoiadores do presidente após a publicação, mas sofreu críticas por parte de opositores. O deputado federal André Janones (Avante-MG), que apoia Lula na campanha à Presidência, ironizou a postagem do filho de Bolsonaro.
“Você teve algum familiar morto pela Covid? Morreu à espera de vacina? Então você tem que se transformar num militante contra o Bolsonarismo! Peça ao seu candidato a deputado federal adesivos e santinhos do presidente Lula, distribua!”, respondeu no Twitter.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também repudiou a publicação de Eduardo Bolsonaro, citando o artigo 288-A do Código Penal para defender que a convocação aos brasileiros armados configuraria “constituição de milícia” conforme a lei.
“Denunciaremos ao STF. O Fascismo não passará!”, escreveu o parlamentar.