Em Minas, Bolsonaro acusa TSE e PT de complô para boicotar suas inserções de rádio

Bolsonaro acusa TSE e PT de complô para prejudicar suas inserções de rádio
Bolsonaro acusa TSE e PT de complô para prejudicar suas inserções de rádio (Reprodução/Redes Sociais).

Em comício em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, nesta quarta-feira (26), o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) acusou o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de agirem em conjunto para prejudicar a quantidade de inserções na rádio da campanha bolsonarista.

“E não será demitindo um servidor do TSE, que o TSE vai botar uma pedra nessa situação. Aí tem dedo do PT. Não tem coisa errada no Brasil que não tenha dedo do PT. Eleições tem que ser respeitadas, mas, lamentavelmente, PT e TSE têm muito que se explicar nesse caso”, prosseguiu Bolsonaro. 

Veja o discurso:

Entenda a acusação

Bolsonaro se refere à acusação feita pelo Ministro das Comunicações, Fábio Faria, na última segunda-feira (24). Segundo o ministro, emissoras de rádio, principalmente do Nordeste, teriam privilegiado as inserções de 30 segundos da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em detrimento das do candidato do PL. Ainda de acordo com Faria, Bolsonaro teve exibidas 154.085 inserções a menos do que o adversário.

Após o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinar que a campanha de Bolsonaro apresentasse “provas e/ou documentos sérios” sobre a alegação, a defesa do presidente enviou uma planilha de documentos com supostos detalhes sobre a acusação ao Tribunal.

No documento protocolado pela defesa da campanha de Bolsonaro, organizado pela Audiency Brasil Tecnologia, contratada pelo PL, no entanto, não são apresentadas provas de todas as inserções a mais do candidato do PT.

No relatório apresentado, a campanha de Bolsonaro afirma que utiliza “uma pequena amostragem de oito rádios” para apontar “discrepância de 730 inserções, em desfavor da campanha do candidato peticionário”. Como cada inserção tem 30 segundos, as 730 propagandas citadas significariam pouco mais de seis horas de vantagem do candidato petista nas emissoras mencionadas. O relatório não apresenta provas de conexão entre a vantagem apresentada e a candidatura do PT.

Agora, caberá ao TSE analisar o material e os pedidos de apuração e responsabilização dos eventuais envolvidos.

Pedro Munhoz[email protected]

Editor de Política do BHAZ. Graduado em Direito pela Faculdade Milton Campos e em História pela UFMG, trabalhou como articulista de política no BHAZ entre 2012 e 2013. Atuou como assessor parlamentar desde 2016, com passagens pela Câmara dos Deputados, Câmara Municipal de Belo Horizonte e Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

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