Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (27), mostra a corrida presidencial em Minas Gerais, estado decisivo na disputa eleitoral pelo Palácio do Planalto.
Segundo o levantamento, Lula (PT) tem 5 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). O petista aparece com 45%, enquanto o candidato à reeleição tem 40%. Indecisos são 8% e votos em branco ou nulos, 7%.
Em votos válidos, ou seja, sem considerar votos nulos ou em branco, esse cenário corresponde a 53% para Lula e 47% para Bolsonaro. Considerando a margem de erro, o petista tem entre 51% e 55%, Bolsonaro, entre 45% e 49%.
Considerados apenas os eleitores com alta propensão a votar, Lula aparece com 52.2% e Bolsonaro tem 47.8%.
Disputa por Minas
Desde o início do segundo turno, os dois candidatos dobraram suas apostas em Minas Gerais. Lula veio ao estado duas vezes e enviou o vice da chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e a senadora Simone Tebet (MDB), grande aliada na reta final destas eleições. Já Bolsonaro veio cinco vezes ao estado.
O motivo de tanta atenção: Minas é segundo maior colégio eleitoral do país, com 16 milhões de eleitores e, desde a redemocratização, em 1985, todos os presidentes eleitos venceram no estado. No primeiro turno de 2022, em Minas, Lula teve 48,29% dos votos válidos, contra 43,60% de Bolsonaro.
Genial/Quaest interior x capital
A pesquisa de hoje indica que o petista vence no interior do estado, com 45% contra 39% de Bolsonaro. Na região metropolitana de Belo Horizonte os dois estão empatados por 42 pontos e, na capital mineira, Bolsonaro vence com 43% contra 40% de Lula.
Rejeição segundo a Genial/Quaest
Embora a avaliação do governo tenha subido 3 pontos, passando de 34% para 37%, Bolsonaro segue com maior rejeição do que o adversário. Entre os entrevistados, 49% afirmam que não votam no atual presidente de jeito nenhum, enquanto 44% não votam em Lula.
Fator Zema
A grande aposta de Jair Bolsonaro para virar em Minas foi a tentativa de herdar votos do governador Romeu Zema (Novo), reeleito com no primeiro turno com 56,18% dos votos válidos, contra 35% do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
Segundo a pesquisa divulgada hoje, 68% não mudam voto por conta do apoio de Zema a Bolsonaro, 23% aumentam as chances de votar no presidente com este apoio, e 6% diminuem as chances.
Esse cenário não é o suficiente para a sonhada virada de Bolsonaro em Minas Gerais. O levantamento indica que, para fazer a diferença, Zema teria que influenciar novos eleitores.
Isso porque 4% dos eleitores de Lula e 16% dos eleitores de Simone Tebet disseram que podem mudar o voto por causa de Zema. Caso o cenário se confirmasse, a soma daria 2,3 pontos a mais para Bolsonaro, que chegaria a 42,3% dos votos, mas o petista ainda ficaria décimos à frente, com 42,7%
O levantamento ouviu 2.200 pessoas em 108 cidades das 10 regiões de Minas Gerais entre os dias 24 e 26 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o código BR-09544/22.
