Um jovem de 23 anos e a mãe dele, 47, foram presos pela Polícia Federal na tarde de hoje (2) após uma urna ser atirada contra a janela na Escola Maria da Penha, no bairro Cruzeiro do Sul, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a PM, a mulher estava na fila de votação quando começou a dizer em voz alta as intenções de voto dela, tentando convencer quem estava próximo a também votar em seus candidatos. Um mesário então se aproximou para alertá-la que a atitude é considerada crime eleitoral.
Nesse momento, o filho da mulher invadiu a seção, pegou a urna e arremessou contra a janela. A mulher alegou que estava conversando com uma conhecida sobre as opções de candidatos e que foi alertada, de forma ofensiva, por uma funcionária do TSE (Tribunal superior Eleitoral) e que o filho apenas prestou auxílio ao pensar que ela havia sido agredida.
O equipamento precisou ser substituído para que a votação prosseguisse. Mãe e filho foram conduzidos à Polícia Federal.
250 prisões no Brasil
Balanço da Operação Eleições 2022 divulgado às 15h pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública contabiliza 663 crimes eleitorais e 250 prisões neste domingo (2). Foram apreendidos, com suspeitos, R$ 1,947 milhão e 11 armas.
Dos crimes flagrados, 149 foram de crime de boca de urna e 127 por compra de votos/corrupção eleitoral. Houve também 18 casos de pessoas que violaram ou tentaram violar o sigilo do voto. Segundo o ministério, houve 27 registros de transporte irregular de eleitores.
O Paraná é o estado com maior número de registros de crimes eleitorais, com um total de 71 registros. Em segundo lugar está Goiás, com 61 casos, seguido de Acre (47). Minas Gerais e Rio de Janeiro registraram 43 casos cada um, e o Pará registrou outros 41 casos de crimes eleitorais.