Lorene Figueiredo fala sobre piso da enfermagem: ‘Quando interessa o dinheiro aparece’

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Lorene defende pagamento de piso salarial para trabalhadores de serviços públicos (Jonas Rocha/BHAZ)

Questionada na sabatina do BHAZ sobre a suspensão da lei do piso da enfermagem e como viabilizar os pagamentos, a candidata ao Governo de Minas Lorene Figueiredo (PSOL) disse que se solidariza com os profissionais da área de saúde e lembrou que profissionais da educação ainda lutam pelo piso salarial.

“Em primeiro lugar quero deixar meu abraço solidário para os trabalhadores de enfermagem, dizer que a gente tem uma lei do piso salaria nacional do magistério que a gente luta até hoje para ser cumprida, então não deixem de lutar”, diz a candidata. “É o mínimo que a gente pode esperar de um governo, de um patrão, seja lá quem for, que nos paguem um salário minimante decente”, emenda ela.

“Quero dizer que a gente vive nesse país uma indecência do ponto de vista do salário, se você for olhar a curva de salário no país ela é descendente. O salário mínimo que temos hoje é vergonhoso, nós deveríamos estar em torno de quase R$ 6 mil de salário mínimo decente para manter uma família, um homem e uma mulher, um casal seja lá qual for o arranjo familiar, e duas crianças, quatro pessoas na casa. É dessa ordem a indignidade do estatuto salarial nesse país”.

“Eu não vou comentar a decisão do ministro, mas eu vou dizer que é muito engraçado quando a gente fala em aumentar salário tudo quanto é patrão grita, e os que ganham bem gritam junto. E a gente precisa entender o que está em questão aqui: não tem dinheiro para pagar trabalhador, não tem dinheiro para pagar servidor público da educação e da saúde, porque são as maiores categorias do estado e eles não querem gastar dinheiro com direitos sociais”, diz a candidata.

Lorene justifica que, por tais motivos, “não se pode ter um empresário a frente do governo, nem um governo de ultradireita, seja nacional ou seja local”. “A gente tem que se perguntar para quem a gente vai fazer a política econômica funcionar, se é para os trabalhadores, se é para os mais pobres, ou se é para os ricos. A gente vê que, quando interessa, o dinheiro aparece. Tudo é na ordem dos bilhões”, diz.

A candidata finaliza dizendo que tem que pagar piso salarial “sim”, “para todo mundo”. “Para o magistério, para os enfermeiros”, diz. “Garantir direito social, que a UPA funcione, que a escola pública funcione com qualidade, é você ter o trabalhador ali. Então, garantir direito de trabalhador do serviço público não é privilégio, é obrigação, e é compromisso de garantia do direito social”, encerra ela.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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