Uma das cinco candidatas mulheres ao Governo de Minas, Renata Regina (PCB) defendeu que o voto em mulheres na política não deve ser feito de forma indiscriminada. A afirmação foi feita em entrevista ao BHAZ, nesta terça-feira (27).
A candidata foi questionada sobre políticas direcionadas às mulheres e sobre a importância da representação feminina no governo estadual. “O que defendemos não é qualquer mulher, porque temos no cenário político estadual e nacional uma série de mulheres que não só não representam a maioria da população, como atuam contra os direitos das mulheres”, respondeu.
Renata Regina citou um levantamento feito pelo jornal O Globo que aponta que as deputadas e senadoras são majoritariamente contra a legalização do aborto. “Só as mais à esquerda se colocam a favor. As outras não só se colocam contra, como atuam sistematicamente para comprometer o acesso a esse direito”, disse.
Ela ainda defendeu a adoção de uma ampla gama de medidas para garantir o combate a todas as formas de violência contra a mulher, não só a doméstica. Uma das medidas propostas é a ampliação das delegacias especializadas em atendimento à mulher.
“A questão das mulheres não é uma luta específica das mulheres, precisa ser uma luta de toda a sociedade”, defende a candidata.