TSE aciona produtores de show de Roger Waters sobre ação movida por Bolsonaro

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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jorge Mussi, pediu manifestação dos produtores responsáveis pelos shows do cantor inglês Roger Waters no Brasil. A decisão foi proferida no sábado (27) em ação na qual a campanha do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) acusa a produtora T4F Entretenimento e o candidato Fernando Haddad (PT) de propaganda eleitoral irregular. A defesa do petista também poderá apresentar suas argumentações contra as acusações.

O ex-Pink Floyd Roger Waters está em turnê pelo Brasil desde o início do mês e nas cidades onde se apresentou – Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Curitiba – manifestou-se contra o candidato Jair Bolsonaro, usando a hashtag #elenão, frases como “É a última chance de resistir ao fascismo”, exibindo no telão menções a estadistas considerados de extrema direita, como o presidente russo Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a ex-candidata à presidência da França, Marie Le Pen e também homenageando o mestre da capoeira e percussionista Moa do Katendê, morto em Salvador por discussão política no último dia 7.

Waters e a produtora de seu show foram notificados pela Justiça de que não poderiam haver manifestações no show em Curitiba, no sábado, depois das 22h. Entre 22h e meia-noite, o cantor poderia ser multado. Depois da meia-noite, qualquer manifestação política é configurada boca de urna, e o artista poderia ser preso.

O show em Curitiba estava marcado para ter início às 21h30 e a frase  “É a última chance de resistir ao fascismo” foi exibida 30 segundos antes de terminar o prazo. De acordo com o site de notícias Uol, após a música Welcome to the machine, pouco antes das 22 horas, o telão projetou uma imagem: “São 9h58 e nos disseram que depois das 22h não podemos falar sobre as eleições”. Na sequência, surgiu a frase: “Essa é a nossa última chance de de resistir ao fascismo antes de domingo”.

Após receber as manifestações, Jorge Mussi dará andamento à ação de investigação eleitoral. “Notifiquem-se os representados para, querendo, apresentarem ampla defesa”, decidiu o ministro.

Para a campanha do candidato do PSL, houve o indevido aproveitamento da imagem do artista para “ostensiva e poderosa propaganda eleitoral negativa” contra Bolsonaro. Nas apresentações realizadas nas últimas semanas em diversas cidades, Waters se posicionou contra a candidatura de Bolsonaro.

A última cidade onde o músico se apresenta no Brasil é Porto Alegre, nesta terça-feira (30).

Com informações da Agência Brasil

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