A americana Jocelynn James já esteve na lista dos criminosos mais procurados do Alabama, nos Estados Unidos. No entanto, a mulher mudou completamente de vida. Além de largar as drogas, ela ainda doou um dos rins para o policial que a prendeu duas vezes. Jocelynn ficou sabendo do estado de saúde do homem por meio das redes sociais. As informações são do G1.
O policial aposentado, Terrell Potter, levou a americana para o xadrez por causa de pequenos furtos que ela realizava diariamente. Além do citado delito, Jocelynn era viciada em opioides. Em 2013, após cumprir uma pena de seis meses, ela se livrou do vício.
Após ver o relato de James nas redes sociais, os dois passaram por exames e descobriram que eram compatíveis. O procedimento foi feito em julho, e os dois passam bem. A ex-detenta acredita que o policial a salvou e ficou feliz em retribuir. “Ser capaz de dar a outro humano um rim para estender sua vida é realmente gratificante”, disse. Potter atribui a doação a Deus. Ele aguardava pelo transplante há oito anos.
Transplantes
O Brasil possui o maior sistema público de transplantes no mundo, e é o segundo país em número absoluto de transplantes, ficando atrás somente dos Estados Unidos. O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro financia 92% dos procedimentos relacionados ao transplante no país. No SUS, os pacientes possuem assistência integral, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
O estado de Minas Gerais oferta transplante dos seguintes órgãos e tecidos: coração, córnea, fígado, medula óssea, pâncreas, pele, rim, rim conjugado com pâncreas e tecido músculo esquelético.
No dia 27 de setembro de cada ano é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A data, instituída pela Lei nº 11.584/2007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.
Como funciona?
Transplante é a retirada de órgãos, tecidos ou partes do corpo de seres humanos para aproveitamento, com finalidade terapêutica, em outras pessoas.
Em vida, o doador deve ser cidadão juridicamente capaz, que, nos termos da lei, possa doar órgão ou tecido – rim ou medula óssea e, ocasionalmente, parte do fígado ou do pulmão – sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Deve ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por médico para realização de exames que afastem doenças as quais possam comprometer sua saúde, durante ou após a doação. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Do doador falecido podem ser retirados para transplante: duas córneas, dois rins, dois pulmões, fígado, coração, pâncreas, intestino, pele, ossos e tendões. Um único doador pode salvar muitas vidas.
