Filmadas nuas e obrigadas a orar: Vítimas de Lázaro relatam momentos de terror

maníaco de Brasília
Homem de 32 anos é procurado há mais de uma semana por mortes brutais (Polícia Civil/Divulgação)

A caçada a Lázaro Barbosa, 32, apontado como autor de uma chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família, chega ao décimo dia nesta sexta-feira (18). Na noite de ontem, o secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que Lázaro provavelmente está ferido e que um pano ensanguentado foi localizado pela força-tarefa que tenta prendê-lo. Ele também teria sido avistado duas vezes, resultando em troca de tiros com policiais.

“Ele entrou em uma vala, em uma depressão, possivelmente na água, e os policiais perderam o rastro dele ali, mas nós estávamos com muitas equipes lá”, explicou o secretário. As buscas foram retomadas no começo da manhã de hoje.

Terror em Brasília

Antes de matar quatro pessoas da mesma família, Lázaro teria realizado um assalto no entorno do Distrito Federal, em Ceilândia, ainda em maio. Na ocasião, ele obrigou as vítimas a ficarem nuas e a orarem sob a mira de uma arma. Segundo o Extra, depoimentos relatam que o homem impôs “terror psicológico” às vítimas durante o crime.

Uma das pessoas contou que Lázaro permaneceu na residência ao longo de cinco horas e que chegou ao local sozinho. Armado com uma faca e um revólver, despiu as vítimas e passou a filmá-las. Ele usava luvas de proteção durante todo o tempo. Segundo os envolvidos, Lázaro os obrigou a ficar de joelhos e a orar o Pai Nosso, sob a mira da arma.

Outro integrante da família ainda relatou que Lázaro o obrigou a cozinhar e a beber todo o vinho que estava na geladeira. A vítima disse ainda que o homem aparentava tranquilidade e que “conversava muito bem”. Segundo o relato, o homem afirmava que salvaria as pessoas ao filmá-las e fotografá-las sem roupa.

Além disso, no assalto, Lázaro teria questionado sobre a presença de armas na casa. Ele ainda teria dito que tinha ordem para “levar a cabeça de alguém”, mas que estava na residência errada. Ainda segundo os relatos, ele pediu desculpas pela situação, mas ameaçou publicar os vídeos e fotos na internet caso a família procurasse a polícia.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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