O Governo de Minas negou, nesta segunda-feira (1), que tenha finalizado as negociações com a Vale pelo rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho. No comunicado, a informação é de que mineradora que causou o acidente, que deixou 272 pessoas mortas, apenas apresentou uma nova proposta de negociação, mas que nenhum acordo foi fechado.
Já são dois anos desde a tragédia que marcou a cidade de Brumadinho, e onze famílias ainda esperam pela localização de suas joias perdidas na lama de rejeitos da barragem. A continuação dos trabalhos vai durar até que todas as 11 joias sejam encontradas, o que também é uma das condições estipuladas pelo Governo de Minas no acordo em negociação com a Vale. O processo tem como objetivo determinar a indenização que deve ser paga ao poder público pelos danos causados.
Entraves
O que ainda trava a negociação é o valor a ser pago. A proposta inicial, apresentada pelo governo do estado desde a primeira sessão de conciliação, em outubro de 2019, era que a Vale pagasse um montante de aproximadamente R$ 26,7 bilhões de compensação mediante o custeio de projetos.
Além disso, a proposta também inclui um pedido de indenização de cerca de R$ 28 bilhões por danos morais coletivos e danos sociais. A Vale, no entanto, se propôs a pagar não mais do que R$ 30 bilhões no total – sem incluir as indenizações aos familiares dos atingidos, que devem ser definidas em processos separados.
Confira a nota do Governo de Minas na íntegra
O Governo do Estado de Minas Gerais informa que não procede a informação de que as instituições que representam o Poder Público tenham finalizado as negociações com a empresa Vale para reparação dos danos socioeconômicos gerados pelo rompimento de barragem, em Brumadinho. Como informado na última sexta-feira (29/1), a empresa apresentou nova proposta, que possibilitou a retomada e evolução das negociações.