Uma espeteria localizada no bairro Sion, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, vai distribuir chope de graça a quem se cadastrar no Redome, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea do Hemominas.
A ação, idealizada pelo Santo Butiquim, foi criada em meio a campanha fevereiro laranja, mês para conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia.
Ao BHAZ, a gerente do estabelecimento, Roberta Porto, conta que essa é a primeira vez que faz a ação, mas que espera repeti-la por ter consciência da importância do transplante de medula na vida de pacientes oncológicos.
“Quando você vai no Hemominas eles te dão um papel e uma carteirinha do Redome com a data. É só apresentar esse documento no Santo Butiquim para ganhar 300 ml de chope. Eu sou doadora de sangue, sou cadastrada no Redome, alguns familiares também. A gente ajuda como pode”, explica ela.
A promoção é válida até o fim de fevereiro e acontece no Santo Butiquim localizado na rua Grão Mogol, nº 450, bairro Sion.
Como doar medula?
Para ser um doador de medula, é necessário ter entre 18 e 35 anos e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas. Para o cadastro, é necessário apresentar um documento oficial com foto e preencher dois formulários disponíveis no site do Hemominas.
O candidato à doação então deverá fornecer uma amostra de sangue com 5ml para testes que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA (Antígenos Leucocitários Humanos) do doador será cadastrado no Redome, vinculado ao Inca (Instituto Nacional do Câncer).
O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para pacientes com doenças de sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia.
Fevereiro laranja
A campanha fevereiro laranja reforça a conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia – um tipo de câncer do sangue. De acordo com Inca, entre 2020 e 2022, mais de 10 mil casos de leucemia foram diagnosticados em homens e mulheres.
Segundo o oncologista Otavio Baiocchi, professor do Departamento de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o câncer no sangue é diagnosticado por exames laboratoriais, principalmente hemograma, além de exames específicos adicionais.
“Não é uma doença hereditária. É adquirida na infância e na adolescência, mas sem causa definida. Até hoje não sabemos a causa da leucemia. Talvez a melhor forma de prevenir seja disseminar o conhecimento, mas não existe nenhum exame de prevenção ou que sugira o aparecimento de uma leucemia”, disse, em entrevista a Agência Brasil.
Uma boa notícia é que, apesar de ser o câncer mais comum na infância, é o mais curável hoje. “A gente cura mais de 90% das crianças com leucemia. Isso vem acontecendo nos últimos dez anos, e cada vez mais”, explicou ele.
