Dona Lucinha: Cozinha mineira com tradição em um espaço aconchegante

dona lucinha restaurante
Restaurante é um dos mais tradicionais de Minas (Asafe Alcântara/BHAZ)

O restaurante Dona Lucinha é um cantinho totalmente mineiro, fundado em 1990, no bairro São Pedro, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em uma casa de época e com pratos deliciosos, o local preserva e fomenta e cultura do estado.

Dona Lucinha foi a idealizadora do restaurante. Experiente e maior representante da cozinha raiz de Minas Gerais, ela morreu aos 86 anos, em abril de 2019, deixando um legado para a família e aos mineiros. Quem está à frente da marca, agora, é Márcia Nunes, filha dela, que conversou com o BHAZ.

“O restaurante é o resultado de uma experiência anterior da minha mãe, de 20 anos em festivais gastronômicos pelo Brasil. O primeiro foi no Serrana Palace, que era no Centro de BH. O evento duraria um dia, mas as pessoas gostaram tanto que rendeu uma semana. A partir daí, ela não parou mais. Fez eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e muitos outros lugares”, explica Márcia.

Sucesso absoluto

Com o sucesso, o restaurante veio em 1990. “Minha mãe sempre defendeu muito o modo de fazer da cozinha tradicional mineira. A casa em que o local funciona foi encontrada pela minha mãe há 33 anos. Foi tudo pensado nos moldes dos festivais que ela participava. Servimos buffet por mais de 30 anos, até mudar os moldes para à la carte na pandemia”, conta a filha de Dona Lucinha.

O espaço é bem aconchegante, com a estrutura de época preservada. Muitos detalhes em madeira, em um local que remete à cozinha mineira tradicional. Um ambiente agradável para almoçar em família ou com amigos. O restaurante também já teve uma filial na rua Sergipe, e outros duas em São Paulo. Atualmente, o estabelecimento conta a matriz original e outro em Indianópolis, São Paulo.

Dona Lucinha tem um espaço aconchegante e bem mineiro (Divulgação/Dona Lucinha)

“Algo que sempre encantou o turista é marca de hospitalidade. Temos uma cozinha de paixão, de alma, antes de ser um negócio. A casa espelha o gosto das fazendas de Minas. Minha mãe tinha uma frase clássica: ‘Na nossa cozinha não tem abridor de lata’. Isso porque ela é de chuchu, angu, couve, carnes preparadas de modo tracionais. É uma cozinha caseira, artesanal”.

Dona Lucinha é tema de Carnaval

A escola de samba Salgueiro, do Rio de Janeiro, teve como tema do desfile, em 2015, a culinária mineira. A inspiração veio do livro “História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha”. A literatura conta sobre a construção da cozinha no estado a partir da evolução dos fogões.

A mineira esteve presente em um dos carros alegóricos do desfile, que teve o enredo “Do fundo do quintal, saberes e sabores na Sapucaí”. Na época, ela estava internada com problemas de saúde, e acabou conseguindo participar do cortejo de última hora.

Dona Lucinha esteve no carro em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, que era sua santa de devoção. Ao lado dela estava Iracema Pinto, presidente dos destaques do Salgueiro na época, e Djalma Sabiá, um dos fundadores da escola. Em uma apuração apertada, a Beija-Flor acabou ficando com o título, com 269,9 pontos. O Salgueiro ficou em segundo lugar, com 269,5 pontos.

Melhores pratos

O Dona Lucinha trabalha com opções de pratos individuais ou para duas pessoas. Os pratos a seguir custam R$ 67 (individual) e R$ 107 (duas pessoas). O delicioso frango com quiabo acompanha arroz, feijão, angu e couve.

Outro prato muito pedido é a costelinha com ora-pro-nobis. É uma costelinha ensopada, finalizada com a tradicional folha de Minas.

O Mineirinho é outra boa pedida. O prato é servido com costelinha, regado ao molho de rapadura e agrião. Acompanha arroz com alho frito e tutu de feijão.

Costelinha com ora-pro-nobis é um dos pratos tradicionais do Dona Lucinha
Costelinha com Ora-Pro-Nobis (Divulgação/Dona Lucinha/Instagram)

Cardápio do Dona Lucinha

BHAZ separou alguns pratos individuais e bebidas deliciosas do Dona Lucinha para você escolher (os preços são de 5 de janeiro).

  • Brasileirinho – R$ 62
    Arroz, feijão, iscas de carne acebolada, farofa, couve e ovo frito.
  • Canjiquinha com Costelinha – R$ 50,30
    Arroz branco, feijão, e couve.
  • Carne Moída – R$ 50,30
    Arroz, feijão, chuchu, angu, couve e ovo frito.
  • Doce Jequitinhonha – R$ 66,50
    Tilápia no fubá, arroz com salsinha e alho, pirão de peixe e banana da terra flambada na cachaça.
  • Feijão Tropeiro – R$ 62
    Arroz, linguiça, torresmo e couve.
  • Feijoada – R$ 66,50
    Arroz, farofa, couve, laranja e molho de pimenta.
  • Frango ao Molho Pardo – R$ 66,50
    Arroz, angu e couve.
  • Rabada com Agrião – R$ 62
    Arroz, feijão angu e couve.
  • Terra Madre (vegano) – R$ 50,50
    Arroz com salsinha e alho, feijão bago-bago, canjiquinha, quiabo.
  • Prato Especial para o Juntas na Mesa Stella Artois • BICHO PAPÃO – R$ 88
    Tutu bebo, carne de lata em molho de rapadura, banana de borralho flambada na cachaça e crispy de couve.
Dona Lucinha é um dos tradicionais restaurantes de cozinha mineira
Feijão tropeiro com linguiça e couve (Divulgação/Dona Lucinha/Instagram)

Bebidas

  • Chope Stella Artois – R$ 12,90
  • German Pilsen Falke Dona Lucinha (600 ml) – R$ 22
  • Schwarzbier Falke Ouro Preto (600 ml) – R$ 24
  • Pilsen X Wäls (600 ml) – R$ 22

Serviço

  • Onde? Rua Padre Odorico, 38 – Savassi
  • Funcionamento? Segunda-feira a sábado (das 11h às 23h) | Domingos e feriados das (das 11h às 17h)
  • Reservas? (31) 2127-0788
Edição: Pedro Rocha Franco
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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