Alcione comemora 50 anos em BH sem pensar em parar carreira: ‘Me aguardem’

Alcione 50 Anos - Foto Vinicius Mochizuki
(Divulgação/Vinicius Mochizuki)

Alcione, a Marrom, vem a Belo Horizonte no próximo 10 de novembro celebrar sua histórica carreira, mas nem pensa em parar a trajetória de grandes sucessos. O show faz parte de uma longa contemplação de sua obra, que começou em março deste ano, e agora chega à capital mineira para abalar as estruturas da cidade.

A cantora é parte inegável da realeza da música nacional, mesmo que a democracia do samba quase nunca conte com reis e rainhas. Nos palcos, vez um, vez outro, entretanto, veste-se com a coroa pela grandeza da canção – é o caso de Alcione.

Não é que Marrom seja a rainha do samba em condição imposta de cima para baixo. Jamais. Todavia, ela é, sim, rainha-honoris-causa, reconhecida de imediato pela potência que tem na arquitetura da música popular.

Com 75 anos de idade e um legado de fazer inveja, desde o disco de estreia, A Voz do Samba, lançado em 1975, passando pelo clássico Morte de um Poeta, de 1976, por Da Cor do Brasil, de 1984, até o último lançamento, Tijolo por Tijolo, em 2020, Marrom trata os 50 anos de carreira como um marco, mas não pretende deixar os palcos, nem o estúdio.

Na apresentação, ela vai trazer sucessos de toda a carreira e promete surpresas para os mineiros, sem sequer cogitar parar: “estarei nos palcos até quando o bom Deus permitir!”, comenta. “Não canto por obrigação, cantar é ofício e paixão!”, garante, em entrevista ao BHAZ.

Marrom ainda alerta: “Me aguardem!!!”.

A resposta foi encaminhada com a mesma animação descrita, com três exclamações, para reforçar que a cantora vai balançar a capital.

Leia a entrevista com Alcione na íntegra

A senhora vem a Belo Horizonte no próximo 10 de novembro celebrar os grandes momentos de sua carreira. O show faz parte de uma longa contemplação de sua obra, que começou em março deste ano. Como será a apresentação em Belo Horizonte? O que o público da capital mineira pode esperar do show?

Esta turnê começou no ano passado, e estou tendo a alegria de festejar meu cinquentenário de carreira com a presença do público, juntinho dos fãs. O show tem muitos hits, sucessos que a galera adora cantar junto. E é isso que pretendemos fazer na capital mineira: celebrar essa relação de amor com o público que sempre me prestigiou e é o maior responsável por eu ter chegado até aqui.

Qual a sua relação com Belo Horizonte? Em todas as apresentações recentes na cidade, multidões a acompanharam. O carinho é recíproco? Há alguma memória em específico sobre a cidade que gostaria de pontuar?

Conforme mencionei, o público mineiro sempre me prestigiou. É participativo, caloroso, e tenho uma imensa felicidade em cantar para os fãs dessa terra que tanto admiro e de onde saíram tantas figuras ilustres de nosso país.

É difícil passar despercebido pela Marrom. Seja em Morte de Um Poeta, há quase 47 anos, ou em Debaixo dos Lençóis, do último disco, em 2020. Qual é o principal legado que você sente ter deixado nesses 50 anos?

Espero ainda deixar um legado, porque continuo por aqui, na ativa. E, claro, que seja um incentivo aos artistas mais jovens que sonham com um futuro na arte; seja no canto, na composição ou em qualquer outro setor cultural.

O que é importante deixar para os músicos e ouvintes da nova geração que se inspiram em sua figura?

Sempre procurei construir minha carreira (e a vida pessoal) em bases verdadeiras. Acho que a autenticidade dos propósitos, fazer o que se acha correto é o melhor caminho para atingirmos as metas… Não se conquista nada duradouro quando forjamos comportamentos apenas pensando em agradar aos outros. Podemos até enganar durante um tempo, mas depois a verdade sempre dá um jeito de aparecer.

Os 50 anos de carreira são um fechamento do ciclo ou ainda podemos esperar novas surpresas de Alcione? A senhora ainda continuará nos palcos e nas gravações?

Até quando o bom Deus permitir! Não canto por obrigação, cantar é ofício e paixão. Ah, sim, sempre temos surpresas para o público, principalmente nos shows. Me aguardem!!!

Lucas Negrisoli[email protected]

Lucas Negrisoli é jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trabalha desde 2015 com comunicação. Tem passagem por veículos como Estado de Minas, Rádio UFMG Educativa e O TEMPO em coberturas de economia, tecnologia, política e cidades. É editor do BHAZ desde outubro de 2023.

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