Feminismo é tema de mostra e debates no Cine Santa Tereza

Divulgação/ Ascom

A Mostra de Cinema Feminista: Corpo, Interseccionalidade e Democracia chega ao Cine Santa Tereza neste final de semana. O evento com entrada gratuita pretende chamar a atenção dos espectadores para o Dia da Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina.

A mostra é produzida pela Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos de Minas Gerais. Ao todo, serão exibidos quatro filmes e os debates serão realizados após algumas sessões.

“A criminalização só faz com que, especialmente, as mulheres pobres, jovens e negras recorram ao aborto inseguro, aumentando os riscos e o número de mortes”, afirma Maria Dirlene, professora no curso de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora da Rede Feminista de Saúde.

Outros assuntos relacionados ao movimento feminista, como a misoginia e a democracia, também serão discutidos.

Confira a programação abaixo:

• Amanhã, dia 24, às 17h – “Ela É Bonita Quando Está Brava” (Mary Dore, 92 minutos) – Na direção de seu segundo documentário, Mary Dore (que em sua carreira dedicou-se mais à produção), viaja pelo tempo e indaga o motivo pelo qual tantas demandas do movimento feminista levantadas nos anos 1960 até hoje não foram atendidas.

• Amanhã, dia 24, às 18h30 – “As Sufragistas” (Sarah Gavron, 106 minutos) – No Reino Unido do começo do século 20 as mulheres, que ainda não tinham direito ao voto, lutam pela atenção dos políticos cometendo insubordinações como quebrar vidraças e destruir caixas de correio. Tamanha rebeldia cobra seu preço, mas as fortes inglesas estavam dispostas a pagá-lo. Com as veteranas Meryl Streep e Helena Bohan-Carter no elenco, o filme conta ainda com a atuação inspirada da jovem Carey Mulligan. A sessão será apresentada pela psicóloga e integrante da Rede Feminista de Saúde BH, Cássia Canella.

• Dia 25, domingo, às 17h – “Habeas Corpus” (Débora Diniz e Ramon Navarro, 20 minutos) – O documentário brasileiro conta a história de Tatielle, grávida de um feto sem chances de sobreviver. Impedida de abortar graças a um habeas corpus apresentado por um padre que sequer a conhecia, Tatielle é expulsa do hospital em que estava internada e, com as dores do parto, se vê obrigada a voltar para sua casa no interior de Goiás.

• Dia 25, domingo, às 17h – “Uma História Severina” (Débora Diniz e Eliane Brum, 23 minutos) – Após o emblemático documentário sobre a campanha eleitoral da cantora Gretchen, Eliane Brum se junta a Débora Diniz para relatar o drama de Severina, grávida de um feto anencéfalo.

A dor da mãe obrigada a carregar em seu corpo uma criança sem cérebro e chance de sobreviver ao parto é contada sob a ótica delicada, típica de Brum, e a competência de Débora. Esta sessão seguida pelo debate “Aborto, feminismo e o cinema documental”, com Letícia Gonçalves (psicóloga, doutoranda em bioética, ética aplicada e saúde) e Carla Maia (pesquisadora e curadora de cinema e doutora em Comunicação Social). A mediação será de Jozeli Rosa, advogada e integrante do Coletivo Negras Ativas

• Dia 25, domingo, às 19h – “Libertem Angela Davis” (Shola Lynch, 102 minutos) – com roteiro e direção de Shola Lynch, o documentário retrata a história de Angela Davis, a professora socialista e ativista dos direitos humanos que se tornou, durante os anos 1970, a mulher mais procurada pela polícia dos Estados Unidos. Esta sessão será apresentada por Jozeli Rosa.

Serviço:

Local: MIS – Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, bairro Santa Tereza)|

Data: 25 (sábado) e 26 (domingo)|

Entrada Gratuita.

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