Tradição e sabor: Goiabada Cascão ganha documentário em Minas Gerais

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Documentário mostrará processo de produção da goiabada cascão (Governo do Paraná/Jaelson Lucas)

A história da Goiabada Cascão da região de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, vai virar documentário. A obra contará a tradição, história e importância da iguaria para a cidade. As gravações do curta metragem vão começar dia 18 de março, e a previsão de lançamento é em julho.

O documentário será produzido pela Atlântico Filmes, e as filmagens vão até o dia 22 deste mês. Mônica Veiga, diretora e proponente do longa-metragem, contou que o preparo da goiabada cascão é herança de sua família.

“Lembro da minha mãe contando que desde os onze anos, ela ajudava a minha avó a fazer goiabada na roça”, disse Mônica. “Estamos preparando um documentário sensível e os próprios produtores da cidade são os atores principais”, completou.

E o curta metragem já tem nome: “Doce Herança”. A obra apresentará histórias de como o doce permeia a vida dos produtores, passando de geração para geração. Mostrará, também, as memórias afetivas e as preparações tradicionais que mantém vivas as características do doce.

O filme contará como a cultura doceira se tornou importante para a economia e a identidade de Ponte Nova e Minas Gerais.

Sobre a Goiabada Cascão

A Prefeitura de Ponte Nova registrou a goiabada cascão como patrimônio cultural e imaterial brasileiro, há dez anos. O título foi aprovado pelo Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais).

Segundo o decreto do Iepha, o modo de fazer a goiabada cascão tem valor gastronômico, antropológico e é elemento integrante da identidade cultural de Ponte Nova. No município, o doce é tradição e diversas famílias o produzem de forma autônoma.

O nome cascão parte da casca da fruta, que fiz a mais dura e escura após do cozimento. Representa a identidade dos mineiros como símbolo de simplicidade e criatividade de um povo que soube transformar uma fruta simples em um doce que carrega tanta história.

Edição: Lucas Negrisoli
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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