Haters espalham ódio pela web e consequências são imensuráveis: ‘Mais divertido ser maldosa’

hater fantástico
Reportagem da Rede Globo mostrou como os haters atuam (Reprodução/Fantástico)

“Acho mais divertido ser maldosa”. As redes sociais são repletas de haters, aquelas pessoas que disseminam ódio na internet. Os alvos vão desde famosos até anônimos. O Fantástico exibiu, nesse domingo (5), uma matéria mostrando o que leva esses usuários da internet a atacar com comentários maldosos.

A frase que abre esta reportagem é de uma hater, que não teve a identidade revelada para evitar holofotes. Além dela, um homem também foi entrevistado pela TV Globo. “Se o que digo te incomoda, o problema não está em mim, mas em você que não aceita a verdade”, afirmou.

O psicólogo Yuri Busin comentou que os efeitos dos comentários dos haters machucam mais do que uma agressão física, por exemplo. “Você agredir com palavras pode culminar, muitas vezes, num ato mais grave. As consequências que o hater pode provocar na vida do outro é maior do que se imagina”.

‘Dor’

A cantora de forró Walkyria Santos vem enfrentando um drama familiar após o filho Lucas Santos, de 16, ter tirado a própria vida depois de receber uma série de ataques em um vídeo publicado no TikTok. O adolescente foi encontrado morto na residência da família, no dia 3 de agosto, em Natal, no Rio Grande do Norte.

“É uma dor que não passa nunca. Queria que vocês que fizeram isso repensassem. Foi embora um pedaço de mim, por causa de comentários”, disse emocionada.

A mãe de Lucas está empenhada em fazer com que o bullying na internet seja criminalizado e faz um apelo. “Pai e mãe, cheguem nos filhos e falem para eles não destilarem ódio”.

O que fazer?

As pessoas que são vítimas de ataques dos haters têm o costume, em alguns casos, de respondê-los. “A prática não é a ideal, pois acaba dando visibilidade. O ideal é nunca responder o hater”, aconselha Busin.

Outra orientação é fazer um registro de ocorrência. Para isso é preciso fazer um print do comentário recebido e procurar um advogado ou ir diretamente em uma delegacia.

Repercussão

A matéria do Fantástico repercutiu nas redes sociais e internautas comentaram sobre a forma de agir daqueles que destilam ódio. “Horrorizada com a reportagem do Fantástico. Isso é psicopatia”, “É assustador ver que a pessoa se satisfaz ao ver a outra sofrendo”, “Que vida triste e amarga leva um hater hein!? Se isso já me assustava, depois fiquei horrorizada”, escreveram.

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Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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