Um homem de 53 anos foi preso nesta quarta-feira (16) por esfaquear um cachorro. O suspeito deferiu golpes no testículo do animal, conhecido entre os moradores como Marujo. O caso de maus-tratos ocorreu na cidade de Braúnas, cidade do Vale do Aço.
De acordo com o Diário do Aço, a Polícia Militar foi acionada por moradores que viram o animal machucado e aparentando ter sido vítima de um ataque. A suspeita é que o o homem tenha tentado castrar o animal de forma violenta.
A polícia foi até a casa do suspeito e encontrou marcas de sangue no imóvel. Em seguida, o suspeito foi encontrado em uma outra residência, mas, no primeiro momento, negou ter agredido o animal. Somente depois de um tempo que o suspeito confessou o crime.
O homem foi autuado em flagrante e encaminhado ao Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional), onde segue á disposição da Justiça.
Socorrido com vida
O cão foi socorrido e levado até um hospital veterinário na cidade de Coronel Fabriciano, onde recebeu os primeiros-socorros da equipe médica. Segundo a veterinária que atendeu a ocorrência, Marujo é um cão de porte grande e Sem Raça Definida.
Após atendimento veterinário, Marujo se recuperou bem e segue ativo e com a alimentação regulada. Ainda segundo a reportagem, ele teve ferimentos variados no testículo e deve passar por uma cirurgia de castração.
Lei Sansão
No dia 30 de setembro de 2020, a Lei Sansão entrou em vigor no Brasil, a fim de penalizar aqueles que praticarem maus-tratos contra cães e gatos. A lei prevê a prisão por dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal. O nome da lei presta homenagem ao pitbull que teve suas patas traseiras cruelmente decepadas em julho do ano passado, em Confins, região Metropolitana de Belo Horizonte.
“Não sei se essa lei corrigirá comportamentos que na verdade são psicopáticos. Mas acho que ela servirá para fazer muitas pessoas pensarem duas vezes antes de maltratar, abandonar ou torturar um animal de estimação. Será um apoio a mais para nós protetores que tão pouco apoio temos de órgãos públicos ou da sociedade. Assim sendo, qualquer migalha que nos é dada pode ser celebrada”, disse a advogada Danielle Mansur.
