O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (1º), 17 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas ligadas à empresa 123milhas em Belo Horizonte.
A operação, apelidada de “Mapa de Milhas”, apura a possível prática de crimes de estelionato, por meio de associação criminosa, que causaram prejuízo milionário a milhares de pessoas no Brasil. A investigação busca, também, verificar se membros da direção da empresa estão envolvidos na prática de lavagem de dinheiro.
Além da atuação criminal, o Ministério Público de Minas Gerais ajuizou ações civis públicas para a tutela coletiva dos consumidores lesados. Foram feitos pedidos de bloqueio judicial de bens e valores das empresas e sócios que integram o grupo econômico.
A investigação é conduzida pela 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central) e do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet).
Participaram da operação nesta manhã oito promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia Civil, 53 investigadores, um policial militar e cinco servidores do Ministério Público.
Em nota enviada ao BHAZ, o Grupo 123milhas disse que “sempre se colocou à disposição das autoridades e forneceu documentos sobre suas operações”. A empresa diz, ainda, que sempre “disponibilizou toda a sua documentação fiscal, assim como a de seus sócios, à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras”.
“Os gestores da 123milhas estão, no momento, dedicados ao processo de recuperação judicial para quitar todos os débitos com os credores. O Grupo 123milhas reafirma seus preceitos de responsabilidade e
transparência com clientes, credores e autoridades e aguarda mais informações do Ministério Público para prestar os esclarecimentos necessários”, finaliza a nota.