Um dos acusados de participar da ação que resultou na morte do sargento da Polícia Militar (PM), Roger Dias da Cunha, em Belo Horizonte, vai a júri popular. A sessão que julgaria Geovanni Faria de Carvalho estava marcada para esta quinta-feira (12), mas, pela ausência das vítimas não comunicadas internamente pelo comando da PM, o julgamento foi adiado para o dia 14 de agosto. Geovanni estava no mesmo carro que Welbert de Souza Fagundes, condenado por atirar e matar o policial em janeiro do ano passado.
No dia do crime, a Polícia Militar recebeu informações de que a dupla estaria circulando em um carro roubado. Quando os policiais se aproximaram do veículo, Geovanni, que estava na condução, desobedeceu à ordem de parada, dando início a uma perseguição.
Durante a fuga, Geovanni ainda atropelou um motociclista e não parou para prestar socorro. A vítima foi arremessada sobre o capô do carro e teve ferimentos graves, mas foi socorrida e sobreviveu. O veículo só parou quando bateu num poste. A dupla, no entanto, continuou a fuga a pé, no bairro Aarão Reis, região Nordeste de BH.
Roger Dias foi atrás dos criminosos e, nesse momento, Welbert atirou contra o sargento. O policial foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna. Os projéteis ficaram alojados no cérebro. O agente chegou a ser internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas seu quadro foi dado como “irreversível” e a morte foi confirmada dois dias após o crime.
À época, Welbert gozava do benefício da saída temporária e deveria ter retornado ao presídio no dia 23 de dezembro. Ele havia sido preso no segundo semestre de 2023 por furtar um carro na capital.