Após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciar aumento na tarifa de energia elétrica de 6,7%, especialistas já fazem projeções sobre como este reajuste pode impactar a economia de forma indireta em BH, já que diversos produtos e serviços necessitam de energia, e o empreendedor pode acabar repassando o aumento ao consumidor final.
De acordo com a Aneel, o novo valor passa a ser cobrado já a partir do próximo dia 28 e o reajuste é válido por um ano.
O BHAZ conversou com o economista Diogo Santos, economista da Fundação IPEAD (Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais) da UFMG, para entender melhor sobre esse real impacto.
No caso da inflação de BH, o especialista destaca que este reajuste definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica acaba gerando um impacto de 0,20 pontos percentuais.
Uma grande influência se tratando de um único item. Além disso, acaba se tornando um grande peso às famílias, principalmente para aquelas que recebem menos.
“A energia elétrica, assim como tem reajustes de gasolina, são elementos que impactam muito o custo de vida. Ainda mais no caso das famílias que recebem menos, porque acabam tendo um alto gasto com um item essencial”.
Diogo destaca que comerciantes e empreendedores devem acabar repassando a alta nos produtos e serviços oferecidos aos belo-horizontinos. Afinal de contas, o reajuste é válido também para as empresas.
“Em termos de tempo depende muito de qual setor estamos falando. Mas, nos próximos três meses é um período de ajustes. A conta que chega em julho já vai ter o período todo da nova tarifa, então certamente é esse período que as empresas vão utilizar para decidir a sua política de preços”.