Após protesto, militares anunciam paralisação a partir de amanhã: ‘A PM parou’

Militares fizeram manifestação na Praça da Assembleia (Reprodução)

Em protesto realizado entre o fim da manhã e o início da tarde desta segunda-feira (19) por Belo Horizonte, os militares anunciaram paralisação a partir de amanhã. Policiais e bombeiros farão o aquartelamento, que consiste em ficar dentro do quartel, portanto, sem faltar ao trabalho, mas sem realizar policiamento ostensivo. O Bhaz apurou que o movimento tem apoio considerável da cúpula da PM mineira.

“O momento é agora e não vamos aguardar mais nem um segundo. A paralisação já foi anunciada. Aquartelamento até o governo federal acenar a retirada de nós, militares, desse pacote de maldades”, afirmou em comício o presidente da Aspra (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais), Marco Antônio Bahia.

“Aquartelamento é um tipo de paralisação. Você vai para o quartel, não caracteriza abandono de serviço, mas também não há proatividade. A Câmara dos Deputados vai, a princípio, se debruçar sobre esse tema hoje à noite. Se houver a retirada desse texto do projeto, pode não ter nada amanhã”, explica ao Bhaz

“Ô, a PM parou” e “Se a PEC passar, a PM vai parar” foram alguns dos gritos de ordem bradados pelos militares. Os organizados do movimento estimam que a ação mobilizou cerca de 5 mil manifestantes. O grupo se reuniu por volta das 11h no Clube dos Oficiais, no bairro Prado, na Zona Oeste de BH, e se deslocou à Praça da Assembleia, na Zona Sul da capital mineira.

Mesmo em recesso escolar, o trânsito na região ficou complicado com o movimento dos policiais militares. “Manifestação na Augusto de Lima com Barbacena deslocando sentido Assembleia. Trânsito está lento”, afirmou a BHTrans em comunicado publicado às 12h35.

Protesto

Os militares lutam para impedir a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/16, que trata da renegociação das dívidas dos Estados do Distrito Federal com a União e, ao mesmo tempo, congela a carreira dos servidores. “Congela salário, impede promoção, faz uma reforma previdenciária…”, diz Gonzaga.

O texto cria um Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal com propostas de “alívio financeiro”, com o alongamento do contrato da dívida com o Tesouro Nacional por 20 anos e a consequente diluição das parcelas, a possibilidade de refinanciamento das dívidas com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o desconto de 40% nas prestações da dívida pelo prazo de dois anos.

Em troca, os Estados são obrigados a aderir ao programa oferecido pela União, de curto e médio prazo, para reduzir o gasto com pessoal, que prevê, entre outras medidas, a redução do gasto com cargos comissionados em 10% e a instituição de regime de previdência complementar de contribuição definida.

Com Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior)

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