Aprovado em 1º turno projeto que inclui ensino de Libras nas escolas de BH

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O projeto foi aprovado em 1º turno por unanimidade (PBH/Gercom Pampulha)

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou na tarde de hoje (6) por unanimidade, em primeiro turno, o projeto de lei que institui base para a criação de escolas bilíngues na rede municipal de ensino de BH, ou seja, a implementação do ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais).

O projeto foi criado pela vereadora Marli Aro (PP). De acordo com a Câmara, o projeto foi aprovado por votação simbólica, que é feita com a maioria dos vereadores presentes em Plenário. 

Agora, três comissões da Câmara vão analisar as emendas do projeto de lei. São elas: Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo e Legislação e Justiça. Caso as emendas sejam aprovadas, o projeto seguirá para votação em segundo turno.

O futuro será acessível

Ao BHAZ, a supervisora da Associação dos Surdos de Minas, Edna Dias, explicou que a aprovação desse tipo de projeto pode transformar o futuro da acessibilidade, já que as crianças vão aprender desde o início da infância a se comunicarem com pessoas mudas e surdas.

“É importante que a sociedade aprenda a língua dos sinais para que os surdos tenham acesso em todos os locais, assim como os ouvintes tem”, explica Edna.

“Se começarmos a ensinar a língua da base, ou seja, desde criança vai ser algo natural. E num futuro muito breve teremos uma sociedade totalmente acessível para pessoas surdas vai ser algo natural essa conversa dos surdos sem precisar de um intermediário, que é um ouvinte.”

Edna conta que pessoas surdas ainda esbarram em grandes dificuldades para realizar atividades cotidianas, como ir ao médico, academia, cinema. Pela falta de acessibilidade, essas pessoas acabam perdendo a autonomia e precisam sempre da ajuda de um ouvinte.

“Isso é muito importante para uma pessoa surda, uma vez que ele sempre esbarra na dificuldade de se inserir na sociedade. Então, a aprovação desse projeto vai ter um peso muito grande na vida dessas pessoas. É como plantar uma semente que a gente vai colher [os frutos] para o resto da vida.”

Edição: Roberth Costa
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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